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sábado, 4 de novembro de 2023

Musseque

 Ao longe o som da lareira

Abraçada aos barcos da minha infância mimada

Flautas de néon melodiam o teu olhar

Ao longe o sorriso da ribeira

Que não se cansa da madrugada

E corre sempre para o mar

 

Ao longe o teu cabelo em silêncio vento

Insónia noite ao despertar

Como as flores da Primavera adormecida

Ao longe o faminto alimento

Que o homem procura num pincelado olhar

Ao longe a luz prometida

 

Aos barcos da minha infância mimada

Ao longe as cubatas envenenadas pelo capim

Que a tarde construía em volta do musseque zincado

Ao longe o teu peito em tardes animadas…

Trazendo os cheiros do jardim

Quando o vento é apenas um sonho sonhado

 

 

 

04/11/2023

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Partida

 Senta-te e pega na minha mão

Senta-te e escreve na minha mão

O poema da despedida,

Senta-te e abraça-me

Enquanto a tarde não acorda,

Enquanto a tarde é uma lápide sinalizando a partida

Do teu silenciado olhar.

 

Senta-te e pega na minha mão

Senta-te e desenha na minha mão

O luar.

Senta-te e pega na minha mão

E não tenhas medo da noite sem estrelas;

Porque eu sou a tua estrela.

 

Senta-te e pega na minha mão

Senta-te e abraça-me,

Enquanto o rio corre para o mar

E o mar,

E o mar é o cortinado do teu lindo olhar.

 

 

 

09/08/2023

domingo, 23 de julho de 2023

Caravela

 A tarde morre nos teus olhos

Depois de uma sombra de luz

Roubar o pôr-do-sol

A tarde desaparece

Veste-se de noite

E leva para o mar

Os teus lábios de Caravela Quinhentista.

 

O homem está louco

Está maluco

Que a tarde nunca morre

Tão pouco se esconde

Nos teus olhos.

 

Que sim.

Que não.

Que talvez seja um empate técnico

Ou outra coisa qualquer

De preferência

Nos teus olhos.

 

A tarde morre nos teus olhos

Depois de uma sombra de luz

Roubar o pôr-do-sol

A tarde desaparece

Veste-se de noite

E leva para o mar

Os teus lábios de Caravela Quinhentista.

 

E nunca mais haverá tarde

Nos teus olhos!

 

 

 

23/07/2023

Francisco

domingo, 11 de junho de 2023

Silêncio tarde

 Desenho-te na sombra deste lápis

Desenho-te na tarde em silêncio

Do silêncio em tarde…

Até que regressa a noite

E na noite

Desenho-te na sombra deste lápis.

 

Desenho-te no silêncio em tarde

Desta tarde que se despede

Do desenho

E de ti…

E de mim, finalmente em tarde.

 

Desenho-te na sombra deste lápis

Que no silêncio lápis

Entre sombras gradeadas…

Desenho-te apressadamente

Antes que esta tarde acabe…

E que de tarde em tarde

Nasça uma outra tarde…

Enquanto eu…

Enquanto e te desenho na sombra deste lápis em silêncio tarde,

 

 

 

Francisco Luis Fontinha

11/06/2023

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

A pequena selva das palavras

 Oiço as estrelas que dormem

As estrelas que rumam em direcção ao mar

Oiço-as enquanto sentado nesta pequena pedra de silêncio

Te escrevo

Enquanto a noite não vem

Enquanto as oiço

E peço perdão às palavras

Enquanto estou vivo

E sentado

Deixo-me ir com o vento

 

Deixo-me ir

Por aí

E por aqui

 

Tanto faz onde estou

 

Apenas preciso de estar vivo

De fumar

E de beber coisas

Ou até mesmo de fumar coisas

E beber pequenos pedacinhos de nada

Fumar palavras

Fumar… fumar as madrugadas

 

O importante é viver

Estar vivo nesta selva de palavras

Nesta selva de invejosos

 

Oiço as estrelas que dormem

As estrelas que rumam em direcção ao mar

E também oiço as estrelas que nunca dormem

E que nunca comem

Tão pouco fumam e bebem coisas… coisas estranhas

 

Estrelas da manhã que oiço nas tardes do dia seguinte

Das tardes junto ao rio

Junto ao rio das estrelas que bebem e fumam coisas

Coisas estranhas

Estranhas noites das estrelas que dormem

E termina o dia nas mãos de uma criança.

 

 

 

 

Alijó, 29/12/2022

Francisco Luís Fontinha

quarta-feira, 10 de abril de 2019

O jardim


Suspensa nos teus lábios, a fotografia do amanhecer.

Chove no meu corpo,

Piso o deserto da saudade,

Enquanto a serpente do teu cabelo rasteja no meu olhar,

É noite, meu amor.

Suspensa nos teus lábios, a inocência da infância,

As correntes marítimas dos oceanos embriagados,

Vai,

Não regresses mais, tempestade oncológica das tardes perdidas…

Até que o vento te leve,

Para longe,

Em pequenas lâminas de aço,

Pobre.

Rico.

Sem-abrigo, é tudo o que eu sou…

Meia dúzia de ovos, um café e uma torrada,

Ao final da tarde.

Mendigo.

Perigo.

Suspensa, em ti, as palavras minhas,

Desajeitadas,

Sem nexo,

O beijo da serpente.

Abro a janela da paixão,

Finalmente há amanhecer,

Porque a tua fotografia,

Pertence aos teus lábios.

Estou alegre.

Apaixonado pelos socalcos da geada…

Mendigo.

Perigo.

Aventuras, telegramas sem remetente…

Nos braços,

O ausente,

Da morte,

Que há-de regressar ao teu peito.

 

A cidade, toda a cidade arde,

Nos teus seios,

O jardim dos gladíolos…

 

Sem nexo.

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

10/04/2019

sábado, 30 de março de 2019

Os teus olhos


Os teus olhos são as cataratas do Niágara,

O cansaço do povo,

Os teus olhos são a luminosidade da saudade,

O silêncio prometido,

Alto,

Esguio…

 

Das parais encantadas.

 

Os teus olhos são a Primavera,

A mudança da hora,

Deste velho relógio,

Que adormece no meu pulso,

 

Quebrado,

Triste,

Cansado.

 

Difuso.

 

Os teus olhos, meu amor,

São a tempestade nocturna,

A cidade em chamas,

 

E das aldeias perdidas,

 

Nos teus olhos, meu amor.

 

Os teus olhos são o sorriso da madrugada,

A velha jangada,

Poisado na mão do rio…

 

Quando regressa a tarde,

Chorando,

Sem querer…

Chorando.

 

Meu amor.

 

Os teus olhos.

Saudade,

Dos beijos,

Na claridade,

Dos teus olhos,

Quando logo, mais tarde,

Eu, pegar nos teus olhos…

 

E dormir,

Com a saudade.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

30-03-2019

sexta-feira, 29 de março de 2019

O fogo do prazer


Não posso, desisto.

Não posso, finjo, caminhar em tua direcção,

Descalço,

Não posso,

Fingir que te amo.

Se te amasse, amava-te,

Se te escreve, escrevia-te,

Mas, não, não posso,

Fingir,

Escrever,

Se pudesse, lia-te, todas as palavras começadas por A…

Não posso,

Fingir,

Que te lia todas as palavras começadas por A.

Amar.

Começar,

Caminhar,

Não posso.

Fingir.

Que sou o mar.

Lanço no poço da saudade o beijo desenhado,

Na alvorada,

Na eira,

O beijo embalsamado,

Fingido,

Doente,

Caminhando, caminhar,

O fogo do prazer,

Quando o teu corpo adormece,

Arde,

Tudo arde,

Mesmo o entardecer.

 

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

29/03/2019

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Tarde vaiada


A tarde vaiada no silêncio do adeus,

Há sempre uma partida,

Sem despedida,

Alguma,

Ou… ou nenhuma

Canção de embalar,

Há sempre uma palavra

Amiga,

Amarga,

Desempregada…

Sem… sem desenhos para desenhar,

A tarde,

 

Só,

Entre as paredes dos plátanos envelhecidos,

E gritam,

Às vezes…

Enfurecidos,

As pálpebras cinzentas da madrugada,

 

Mas da tarde vaiada…

Não sobra nada,

 

Nada.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quarta-feira, 3 de Junho de 2015

domingo, 15 de março de 2015

farrapos de vidro...


o engate suspenso nos anzóis da tarde
à mão
regressa a caneta da solidão
e há nuvens de papel nos olhos do poema
és livre
de voar
sobre os corações de xisto
que habitam as imagens a preto e branco
do Douro
navegar
subir ao luar
e,

e abraçar-se aos vulcões de areia
dos homens
e das mulheres
de sombra,

imaginar
desenhar nas entranhas pálpebras de amar
o silêncio do beijo
à janela
o mar avança e nos leva
somos dois
talvez...
três
o engate
à mão
suspenso nos anzóis da tarde
a tarde... a tarde dos farrapos de vidro...



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 15 de Março de 2015

domingo, 28 de dezembro de 2014

Os poemas ao fim da tarde


Os poemas ao fim da tarde
este mesquinho silêncio
quando entra pela janela
e lá fora
um barco em espera
esquelético
cansado
farto do mar...
os poemas ao fim da tarde
com fome de matar
a voz do teu clitóris em tristes soluços na madrugada
os poemas ao fim da tarde... são poemas de nada,
poemas... poemas de amar
o estranho invisível quadrado com sorriso de vidro
há nas palavras a força da revolta
o corpo em lágrimas
que só a cidade...
que só a cidade consegue absorver
os poemas ao fim da tarde
o vento de sémen contra uma árvore
e os pássaros dos teus cabelos
brincando na seara
entre pedras e enxadas
sempre... sempre, sempre que um relógio acorda... e ninguém sabes onde habitam “os poemas ao fim da tarde”.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 28 de Dezembro de 2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O cadáver da paixão


Os teus olhos pincelados de verniz
camuflados no sombreado silêncio de uma ardósia
a tarde sem destino
e o menino...
embrulhado nas palavras adormecidas pelo giz
que só o luar consegue apagar
e destruir
o barco vai partir
sem conhecer a direcção...
ou... ou o cais para ancorar
e há uma corda suspensa nos lábios da solidão
que transcende o homem que deseja mergulhar no Oceano,
o desengano
do desassossego vestido de beijo enfeitiçado
a menina dança?
os teus olhos que só os pássaros percebem
o teu corpo de esferovite à deriva na planície das lágrimas incendiadas pelo areal...
um grito de revolta
alicerçado ao magnetismo esconderijo das geadas envenenadas
a embriaguez estonteante das madrugadas
quando o relógio de pulso se suicida num abraço de cartão canelado
e o homem responsável pelos teus olhos pincelados de verniz...
… morre lentamente na fogueira da paixão
como a perdiz
nas garras do amanhecer
e nesta vida de viver...
os teus olhos são cerejas de sofrer.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

anéis de poesia...

foto de: A&M ART and Photos

o espaço exíguo do meu sonho perde-se na neblina de prata
sei que uma língua de fogo jaz nas profundezas da tristeza
que de um bairro em chapa
acordou a madrugada cinzenta em pétalas de ciume sem beleza
chata
a miúda da perfumaria a tentar impingir-me livros pornográficos
cinzeiros
lanternas mágicas com anéis de poesia...
a miúda diz amar-me sem saber o que é o amor
como eu desconhecia as lágrimas dos bravios pinheiros
das tardes fotográficas
que o recreio da escola inventava entre serpentinas e muros de fantasia

alegria
sorria...
dizem-me que estou a ser filmado

porcaria
com a autorização de quem pergunto eu ao primeiro vagabundo das amendoeiras em flor
alegria
sorria...
lanço-me do telhado e debruço-me sobre as veias mágoas dos cristais envenenados
uma flor em papel é como um jardim desenhado pela mão de um pintor
aberrantes lábios que seguram as florestas da montanha na ponta do lápis de cor
sinto-me exíguo dentro do espaço nas neblinas de prata
és tu tão chata
sou eu... eu um rochedo recheado de pontos pigmentados nas manhãs dos quadriculados
uma rosa à janela do desassossego milagre que a liberdade adensa depois das tempestades...
e o espaço exíguo... sou eu... o homem desiludido com os barcos de veludo em negras tardes


(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2013

terça-feira, 8 de maio de 2012

A fuga

Desapareceram as escadas
de acesso à noite
fugiram todos os papeis
e todos os livros

na parede do quarto
a janela transformou-se em azevinho
com pássaros suspensos nos seus braços
e palavras que voam dentro das asas

(uma sílaba estonteada
procura-me no caixote do lixo)

e uma mimosa em flor
cresce nos meus olhos sem cor
sem desenhos para pintar
sem palavras para assassinar

sou o quê EU?

uma sílaba estonteada
procura-me no caixote do lixo
onde restos de sémen
e pingos de seda
se escondem no azevinho
(pássaros suspensos nos seus braços
e palavras que voam dentro das asas)
ao cair da tarde.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nem que o coração me implore


Conheci um diário com o coração partido, pequeníssima fenda, mas para um coração dois milímetros é gravíssimo, desastroso,
Ouvia-lhe o ruído das engrenagens junto à fechadura, ouvia-lhe o tilintar de suspiros na tempestade da tarde, ouvia-lhe

as palavras derramadas no papel de parede, desenhos abstractos misturados com pedacinhos de poeira, e fumo de cigarro que embaciavam as lentes dos óculos do diário com o coração partido,

Hoje acordei cedo, abri a janela e a madrugada tinha desaparecido, evaporou-se no interior da alvorada antes da iluminação pública cerrar-se hermeticamente na chávena de café com leite, as torradas sonâmbulas dentro da minha boca recusaram-se à destruição maciça por parte dos meus dentes e o comprimido para deixar de fumar entrou garganta abaixo e possivelmente em sorrisos parvos, e possivelmente, sentou-se junto ao mar,

dois milímetros de uma janela no coração do meu diário, 4 de Maio de 2012, sete horas e trinta minutos,

Chove torrencialmente no meu quintal, um casal de melros a todo o custo protege as crias que adormecem no ninho pendurado na cerejeira sobre a casota do meu cão, pais e filhos estão felizes e o meu cão que detesta chuva está melancólico, triste, ausente, chove torrencialmente no meu quintal e pergunto-me ao olhar a janela de dois milímetros no meu coração se amanhã é sexta-feira ou quinta-feira ou domingo, é que com tanta chuva deixei de perceber os dias, as horas, os minutos e os segundos,

dois milímetros de uma janela no meu coração sem vista para o mar, chove torrencialmente no meu diário e lá fora, e lá fora o coração partido aos pulos como se fosse um pugilista ou um canguru nas margens de um qualquer rio encalhado na Austrália, talvez no Tua, talvez no Douro, talvez no jardim onde brincam plátanos e barcos de papel, talvez na minha mão

Conto os segundos, e oiço através da pequeníssima ranhura do coração do meu diário que hoje é sexta-feira, e se hoje é sexta-feira amanhã é sábado, dia de Antologia de Poesia Moçambicana, finalmente, finalmente as palavras do meu diário a boiarem dentro da chávena de café com leite, finalmente posso terminar o dia porque hoje, porque hoje recuso-me a escrever mais palavras nas suas páginas, nem que o coração me implore,

nunca mais vi o mar, e junto à fechadura o tilintar de suspiros na tempestade da tarde, ouvia-lhes as sílabas assassinas da noite antes de chegar a noite, ouvia-lhes as vogais embriagadas das estrelas antes de a noite ser noite e muito antes de encerrar o meu diário, muitos antes de saber o significado de mar,

Nem que o coração me implore.

(texto de ficção não revisto)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Algibeiras da tarde

Pareço um espelho
poisado sobre o pavimento molhado
incenso e marfim
nas algibeiras da tarde
e tudo à minha volta arde
e tudo à minha volta
incenso e marfim
e fios de nylon
descem das árvores doentes
incenso e marfim
contentes
nas algibeiras da tarde,

pareço um espelho
um palhaço que brinca na esplanada do Baleizão (Luanda)
entre cadeiras imaginárias
e migalhas de pão,

pareço um espelho
made in China,

(um homem sem destino
desde menino)

entre cadeiras imaginárias
e madrugadas de cetim
antes do pequeno-almoço
ao virar da esquina
no centro do jardim
um espelho,

nas algibeiras da tarde.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O beijo do girassol

Entre mim
E o silêncio
E o muro de cimento armado
Esconde-se o beijo do girassol
Desce até à sapata
E quando toca na terra evapora-se nas sílabas da tarde

As horas de um velho relógio de pulso
Cansam-se e começam a abrandar a marcha
Até se imobilizarem nas encruzilhadas da vida
E o tempo na mão de deus
Olha-o
Olha-me

E cerram-se os cortinados da tarde
E da janela o cheiro intenso a solidão
Que poisa nos lábios de pombas amestradas…
Os palhaços saltam o muro de cimento armado
E acariciam o beijo do girassol
Entre mim e o silêncio

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A tarde

A tarde, suspensa
Entre duas conversas de ninguém,
O teu relógio atómico
Marcava dezassete horas, dezassete minutos e dezassete segundos,
O meu telefone, deixou de tocar,
Arrumaste-me na prateleira do teu pensamento,
No cantinho junto ao desejo,
Mesmo debaixo da saudade.
Lá fora, no esquecimento,
Ninguém…
Apenas os pássaros à tua procura, irritados
Com a tua ausência.
A tarde, suspensa
Na maré, finge que sou esquecimento,
Monstro marinho,
E sinto-me transportado
Para o longínquo destino; o meu passado.

A tarde, suspensa
No teu relógio atómico,
E amanhã, ninguém se lembrará de ti,
É outro dia, outra tarde, desconhecido momento.