o engate suspenso
nos anzóis da tarde
à mão
regressa a caneta da
solidão
e há nuvens de
papel nos olhos do poema
és livre
de voar
sobre os corações
de xisto
que habitam as
imagens a preto e branco
do Douro
navegar
subir ao luar
e,
e abraçar-se aos
vulcões de areia
dos homens
e das mulheres
de sombra,
imaginar
desenhar nas
entranhas pálpebras de amar
o silêncio do beijo
à janela
o mar avança e nos
leva
somos dois
talvez...
três
o engate
à mão
suspenso nos anzóis
da tarde
a tarde... a tarde
dos farrapos de vidro...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 15 de Março
de 2015
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