Árvore
que cai no lamacento
pavimento do sorriso
se deita
e fica
imóvel
tranquila
na árvore
a conquista não
conquistada
o fervoroso sono da
alquimia
o centro
o ponto imaginado
pela mão do regresso
e fica
árvore
caída na
circunferência do amor
e a paixão
imóvel
corre
corre...
porque a terra é um
poço invisível
porque há nas
palavras pequenos silêncios
a humidade
dos corpos
no chão
o cheiro
que parte
e não volta
o teu perfume
secreto
nas pálpebras da
manhã
e fica
árvore
sofrida
perdida nas pedras
da calçada
desce e sobe
e senta-se...
no chão
dos narcisos em
putrefacto esqueleto da escuridão nocturna...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Domingo, 15 de Março
de 2015
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