quarta-feira, 3 de junho de 2015

Tarde vaiada


A tarde vaiada no silêncio do adeus,

Há sempre uma partida,

Sem despedida,

Alguma,

Ou… ou nenhuma

Canção de embalar,

Há sempre uma palavra

Amiga,

Amarga,

Desempregada…

Sem… sem desenhos para desenhar,

A tarde,

 

Só,

Entre as paredes dos plátanos envelhecidos,

E gritam,

Às vezes…

Enfurecidos,

As pálpebras cinzentas da madrugada,

 

Mas da tarde vaiada…

Não sobra nada,

 

Nada.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quarta-feira, 3 de Junho de 2015

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