Há na tua mão
Um pequeno pedacinho de
luar
Há no teu olhar
A manhã desenfreada e
apressada
Das lágrimas à madrugada
Enquanto o silêncio se
traveste de canção,
Há na tua mão
O alegre sorriso da
alvorada
Deste relógio com fome
Há na tua mão
Um pequeno pedacinho de luar…
No luar sem nome,
Há na tua mão
A palavra que semeio nos
teus seios em poesia
Quando o poema deixa de
viver
E se cansa do dia
Há na tua mão
Um pequeno pedacinho de
luar… no luar do meu escrever.
Bragança, 04/05/2023
Francisco Luís Fontinha