sábado, abril 05, 2025
sexta-feira, janeiro 31, 2025
sábado, janeiro 25, 2025
terça-feira, janeiro 07, 2025
quinta-feira, dezembro 19, 2024
Quase chuva os teus olhos meu amor
Quase chuva os teus olhos meu amor
Quase vida não vida a minha vida
Quase livro este livro onde me escondo
Onde durmo desassossegado
Quase flor este pedaço de papel
Quase lírio os lírios dos teus lábios
Quase dia do quase fim de noite
Da noite não noite
Da noite deste dia
Quase morte a minha vida
Quase janela este buraco na escuridão
Da quase madrugada
Quase nada
O que sou
E o que nunca fui… Quase chuva os teus olhos meu amor
Este dia quase dia deste dia em dor
terça-feira, novembro 26, 2024
13º aniversário do blog
Por lapso deixei passar o 13º
aniversário deste blog.
Este blog foi criado em 2011 e a sua
primeira publicação data de 20/11/2011 às 16:49 horas. (escorpião com ascendente em sagitário)
Peço desculpa aos meus
leitores/visitantes por este lapso.
quarta-feira, novembro 20, 2024
Aqui me escrevo, na pele branquida do teu rosto
Aqui me escrevo, na pele branquida do teu rosto para o chão na casa que depois da chuva
Cai tão rápido como a luz que esconde os teus olhos da minha mão plantada no sorriso de uma janela,
Aqui está a tua lentidão em desenhares um abraço no meu sorriso,
Aqui está a pele do poema que seduz o teu cabelo indiferente ao meu silêncio, sonolento, e que voa sobre o sombreado mar da tua boca, daqui está a janela
Que os pássaros tanto procuram
Aqui está a maré pobre e nua, embrulhada num pedaço de prata que traz a chuva, que enxota o vento,
Aqui está o sofrimento. Dízima madrugada de pequenas coisas laminadas e voláteis nos sorrisos de uma boneca de trapos,
Coisas que aqui se fazem e que aqui não se pagam, e nos teus olhos
Se a árvore tem pássaros ou se a árvore tem apenas, rosas.
Aqui está o poema, aqui estão as palavras que me escreves todas as noites, e que eu escondo sobre a minha secretária, dentro de um livro, (A Última Porta Antes da Noite, A. Lobo Antunes)
Aqui está o destino onde me escrevo, na pele branquida do teu rosto para o chão na casa que depois da chuva… o beijo.
sexta-feira, setembro 20, 2024
e ao longe o mar de verdade
Procurei-te entre ruas
e ruelas da cidade
fui ao mar
caminhei sobre a areia
preguiçosa da tarde
procurei-te
e não encontrei os versos
dos teus lábios
procurei-te
e ao longe o mar de
verdade
hoje nos teus cabelos
loiros (loiros com silêncios de castanho)
no vento
em seara de desejo
procurei-te
e encontrei o teu perfume
embrulhado no teu sorriso
fui ao mar
hoje
hoje de verdade.
quarta-feira, setembro 11, 2024
Não sei quem és
desenho de Luís Fontinha.
Não sei quem és
se pedra
luz
ou nada,
não sei quem és
se prata
ouro
ou fachada,
não sei quem és
se poesia
palavras
ou a madrugada,
não sei quem és
se pedra
prata
luz
ouro
poesia
palavras
não sei quem és sombra da calçada.
quarta-feira, agosto 28, 2024
Marés de espuma
São marés de espuma
são as ausências do meu
corpo
são as flores do teu
cabelo
quando o mar me pertence
e só meu
escondo-o na mão.
São estrelas, são
feitiços os teus lábios
são presépios de luz
sobre os plátanos da
avenida…
São o pôr-do-sol os teus
olhos
que se afastam dos meus
olhos
quando o dia é Primavera.
Esse teu sorriso
Esse sorriso tímido,
transparente como a chuva, invisível como o vento
Esse sorriso ausente,
demente, esse sorriso viciado em noites mal dormidas, quando as estrelas são
parêntesis na equação do desejo.
Esse sorriso mínimo, de menina
ferida pela espuma dos dias, na ausência do silêncio
Esse sorriso cansado,
esse sorriso triste, e imperfeito aos olhos de deus
Esse sorriso estrelar,
como a água envenenada
Esse sorriso à procura do
mel, esse sorriso na luz que traz as margaridas do amanhecer
Esse sorriso de poema
De ser
Um sorriso maldisposto no
delírio da manhã
Esse sorriso
De ser um sorriso
No teu sorriso.
flor mais bela do jardim das estrelas
és a flor mais bela do
jardim das estrelas
és a pedra mais preciosa
de toda a riqueza da terra e da lua
és a palavra mais secreta
do poema
és silaba
és metáfora embrulhada no
teu doce olhar
és paz
paixão;
és a flor mais bela do
jardim das estrelas que alegra o meu coração
terça-feira, agosto 27, 2024
Dormir nos teus olhos
E se o amor acontecer em
revisão contínua e a paixão em revisão periódica?
Como fica, o desvio
padrão do desejo?
Ah, e as encomendas com
fabrico e entregas sobrepostas?
Como será, amanhã, a
procura?
E o stock médio, é ou não
é uma algibeira de insónia à procura da noite?
Brevemente será noite, e
o método do duplo lote será um caso simplificado da revisão contínua…
Depois,
É estimar a procura e
dormir nos teus olhos.
desejar
desejo-te quando acorda a
noite, e os teus olhos são estrelas
desejo-te quando a noite
é um verso, e nos teus lábios brincam crianças de luz
desejo-te quando a noite
é um crisântemo, e nas tuas mãos esconde-se o mar
desejo-te, que não me canso
de te desejar
quinta-feira, agosto 22, 2024
Estás triste, sinto-o. Estás
triste porque a flor do teu jardim, anda triste, sente-se muito só.
Estás triste, vejo no teu
olhar, e percebe-se da tua voz,
Que estás triste.
Se eu ao menos pudesse
fazer alguma coisa por ti…
Ou pela flor do teu jardim…
Mas eu seu poeta, e não
posso fazer nada.
Apenas sei escrever
E semear palavras na
madrugada.
São de silêncio as pétalas do teu corpo,
meu amor.
Olho-te semi-nua,
escrevo na tua pele, e desenho nos teus lábios,
O acordar do dia.
Lá fora, o sol já é poesia. Lá fora, um
fino sorriso de sons e melodias,
Erguem-se a cada suspiro teu. Sento-me
na beira da cama, e olho-te como se tu fosses o meu último desejo, antes de
morrer.
Nunca mais tive insónias.
quarta-feira, agosto 21, 2024
terça-feira, agosto 20, 2024
A cidade fervilha de
tesão angustia misericordiosa do silêncio.
A multidão em fúria
migratória, erguem-se das sepulturas as almas desconexas, e convexas,
Deste tempo de ninguém.
Pára o relógio. Acorda a
sílaba vaginal no púbis primaveril, o metropolitano em direcção ao teu corpo,
fura-o, deseja-se e entranha-se nele, como se ele fosse uma serpente abraçada à
floresta. Temos árvores, hoje para o almoço.
A cidade pinta-se de
azul, teus lábios veneno, cicuta de quando os mordes, e me mordes com pequenas
dentadinhas e sorrisos…
Esta cidade será
eternamente o meu esconderijo. É a cidade das putas, e dos travestis, um rio
que fode cada cacilheiro que se entranha nele, e troca a ponte pelo pôr-do-sol.
Espero-te, hoje.
a noite é a lua dos teus lábios
aqui, começa a noite, e
aqui te espero
aqui percebo, que a noite
é a lua dos teus lábios
que é veneno
na timidez do desejo.
aqui, começa a noite, e
aqui fico suspenso
na lâmina de espuma que
separa o teu corpo
da minha mão.
aqui, aqui começa a
noite, e aqui te espero
e aqui te procuro que me
pertence
esta noite
da noite tua noite.
aqui, aqui começa o
universo
aqui começa a noite
que se inventa na
madrugada
que te procura
e quer.