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quinta-feira, 25 de maio de 2023

O silêncio

 

Não sei se um dia terei medo do escuro,

Do escuro, escuro…

Não do escuro da noite,

Sempre amarei a noite,

As estrelas,

O silêncio do escuro…

E o escuro da solidão.

 

 

Luís

25/05/2023

quinta-feira, 9 de abril de 2015

As labaredas da insónia


A ferocidade do teu corpo

O destino mal calculado

O erro equacional dos orgasmos invisíveis

Sofrimento

Meu amor

Subir as escadas

Chorar

No corredor

Sentar-me na sombra dos cabelos

Perdidos

Nunca mais voltarão a brincar no silêncio

Os teus beijos

 

Embrulhados na clandestina manhã

O sofrimento

Meu amor

Os corredores

Um… um horror

Marés de líquido

Nas tuas veias

Rios

Mares

Salgados barcos

Nos sonhos do teu sonho

Navegar

 

O sofrimento

Meu amor

Navegar nas sílabas da tua boca

Quando caí a noite sobre Lisboa

Os anzóis do sofrimento

Sofrimento

Meu

Amor

Navegar nas tuas nádegas

O comboio escondido entre as urbes embalsamadas

Não me vou perder

Juro

 

Meu amor

Os jornais empilhados junto à lareira

O som melódico do poema

Deitando-se nas labaredas da insónia

Sabes

Meu

Amor

Amanhã serei um vagabundo

Um triste cadáver

Sem palavras

Mudo

Sem braços nem canetas

 

Fujo das tuas garras lunares

Porque sei que amanhã

Meu amor

O poema terá morrido de overdose

Os triângulos das tardes

Na ceara dos lírios

Não quero

Meu amor

Caminhar sobre esta eira de luz

E ouvir

Ao longe

O sino

 

Vê tu

Meu amor

Ao longe

O sino

Vagueando no teu púbis…

Quero o retracto do teu corpo em vinil

Tatuado com Wordsong…

Tento ouvir as arestas da geometria

E da tua pele

O endereço do paraíso…

Em shots

E shots.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Quinta-feira, 9 de Abril de 2015

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sobreviver

Que chatice. Sempre as malditas pesquisas no Google sobre o meu nome: pinturas de Luís Fontinha; bibliografia de Luís Fontinha...; poesia de Luís Fontinha; textos de Luís Fontinha...
Confesso que começo a ficar farto deste gajo, eu, porque não sou pintor, porque não sou escritor, porque não sou poeta, porque não sou nada.
Faço uns desenhos esquisitos para sobreviver ao tédio, escrevo umas merdas sem sentido e pouco menos, e um texto meu foi escolhido por José Luís Peixoto. Quanto à bibliografia é curta e sucinta: nasci em Luanda/Angola, cometeram o erro de trazerem-me para Portugal, fui drogado há muitos anos e estou desempregado e não tenho dinheiro.
E quem não gostar que se f*da...
“Que mais eu podia desejar” como escreveu AL Berto... “não estou alegre nem apaixonado”.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Não vale a pena escreverem no google “Luís Fontinha pinturas”, não sou pintor, não sou escritor, apenas faço parte dos 15% de desempregados... e a aumentar.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

E deixo de ser eu – Luís Fontinha


Poema e desenhos de Luís Fontinha
Música:
O Chá - Tchaikovsky - Royal Philharmonic
Trepak - Tchaikovsky - Royal Philharmonic

domingo, 4 de dezembro de 2011