domingo, 15 de setembro de 2024

 

às vezes, como sopa, às vezes

quase sempre, agora

como fruta;

dizem que faz muito bem ao intestino, e isto

de andar

com obstipação poética

não é

nada

mesmo nada

fácil.

 

cuido-me, às vezes. mas deixar de fumar…

acredito que mesmo que tivesse cancro de pulmão, como teve a minha mãe,

que nunca,

nunca fumou,

eu

eu não deixava de fumar.

 

dá-me prazer fumar.

dá-me prazer fazer amor e escrever no corpo dela

o mais belo poema de prazer.

dá-me prazer

em ter prazer

de ler,

gosto de ler poesia, e se gosto!

 

dá-me prazer,

pensar.

quando me dizem que sou tolo

e para não pensar,

mas se eu não pensar

morro; quem tanto mal me quer em querer que eu não pense…!

 

dá-me prazer, ver o mar

beijar

também me dá prazer,

e claro

 

no final do dia

o uísque saborear os meus lábios,

que também me dá prazer.

e oiço a tua voz;

desejo-te, francisco!

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