A cidade fervilha de
tesão angustia misericordiosa do silêncio.
A multidão em fúria
migratória, erguem-se das sepulturas as almas desconexas, e convexas,
Deste tempo de ninguém.
Pára o relógio. Acorda a
sílaba vaginal no púbis primaveril, o metropolitano em direcção ao teu corpo,
fura-o, deseja-se e entranha-se nele, como se ele fosse uma serpente abraçada à
floresta. Temos árvores, hoje para o almoço.
A cidade pinta-se de
azul, teus lábios veneno, cicuta de quando os mordes, e me mordes com pequenas
dentadinhas e sorrisos…
Esta cidade será
eternamente o meu esconderijo. É a cidade das putas, e dos travestis, um rio
que fode cada cacilheiro que se entranha nele, e troca a ponte pelo pôr-do-sol.
Espero-te, hoje.
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