terça-feira, 20 de agosto de 2024

 


A cidade fervilha de tesão angustia misericordiosa do silêncio.

A multidão em fúria migratória, erguem-se das sepulturas as almas desconexas, e convexas,

Deste tempo de ninguém.

Pára o relógio. Acorda a sílaba vaginal no púbis primaveril, o metropolitano em direcção ao teu corpo, fura-o, deseja-se e entranha-se nele, como se ele fosse uma serpente abraçada à floresta. Temos árvores, hoje para o almoço.

 

A cidade pinta-se de azul, teus lábios veneno, cicuta de quando os mordes, e me mordes com pequenas dentadinhas e sorrisos…

Esta cidade será eternamente o meu esconderijo. É a cidade das putas, e dos travestis, um rio que fode cada cacilheiro que se entranha nele, e troca a ponte pelo pôr-do-sol.

 

Espero-te, hoje.

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