Os pássaros também amam.
Os pássaros choram, os pássaros escrevem poemas às
suas amadas,
Do teu oiro loiro cabelo
Uma sinfonia de imagens, de fotografias,
Uma simples alegria, uma só lágrima por dia,
No teu loiro oiro cabelo, as matrizes da noite
Transpostas na inversa,
E o teu oiro loiro cabelo,
À minha mão minguante, este desejo de o acariciar,
Este beijo
De o desejar,
Os pássaros ficam tristes, quando amam, quando estão
apaixonados,
Não sabia, meu amor, que tinhas estrelas nos olhos,
Pedrinhas na cabeça,
Não sabia, meu amor, que as tuas mãos são um rio,
São os lábios do desejo.
Os passaram também beijam.
Não sabia, meu amor, que a cidade é uma constante da
vida,
É uma maneira estranha de vida,
Em sentir o mar a aproximar-se e não fugir e nem pedir
auxilio aos pássaros apaixonados,
Morro-me e não me mato.
Tens um gato
Presumo,
Todas as loiras de oiro cabelo
Têm um gato,
Ou uma gata,
E algumas até vivem num bairro de lata.
Os pássaros também amam.
Os pássaros choram, os pássaros escrevem poemas às
suas amadas,
Finto o tempo que não me dá noite
Nem o sono
Nem o alento
Que finto também o vento,
De amar-te no teu oiro loiro cabelo.
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