São muito mais, os
soldados do meu presépio, são muito poucos aqueles que vêem a minha sombra mergulhada
na azafama de uma noite que cresce desalinhada com o horário de um relógio.
São tão poucos, aqueles
que me conhecem
são tão tristes, os meus
minutos.
São tão espingardas, os
soldados do meu presépio, dos muito mais homens e mulheres
afogados no rio
São muitos os cadáveres
que transporto no olhar…
São muito poucos, aqueles
que me gritam, são muito tão muito aqueles que me desejam
também afogado no rio.