quinta-feira, 25 de abril de 2024

Os soldados


São muito mais, os soldados do meu presépio, são muito poucos aqueles que vêem a minha sombra mergulhada na azafama de uma noite que cresce desalinhada com o horário de um relógio.

São tão poucos, aqueles que me conhecem

são tão tristes, os meus minutos.

 

São tão espingardas, os soldados do meu presépio, dos muito mais homens e mulheres

afogados no rio

São muitos os cadáveres que transporto no olhar…

São muito poucos, aqueles que me gritam, são muito tão muito aqueles que me desejam

também afogado no rio.


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