As
lágrimas envergonhadas
Do
silêncio anoitecer
O
cansaço da vida
Viver
Sem
viver
Sentado
nesta triste esplanada
Sem
fotografia para o mar
Sem
fotografia para o escurecer
Do
silêncio anoitecer
O
cansaço da vida
Viver…
Sem
ser visto
Junto
ao pôr-do-sol…
E
escrever
Escrever
no teu olhar
O
poema do morrer
Aos
poucos
Devagarinho
Como
um passarinho ao acordar
Saltita
na árvore dos sonhos
Brinca
na eira dos desejos…
E
as lágrimas envergonhadas
Prisioneiras
nos invisíveis beijos.
Francisco
Luís Fontinha
segunda-feira,
15 de Fevereiro de 2016
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