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quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Deixei de ter sono

 Leio-te e oiço-te,

E delicio-me com as tuas palavras,

E delicio-me com a tua voz,

E quando dizes “digo mar e o mar entra todo pela janela”, (AL BERTO)

Vejo-o entrar no meu quarto e deitar-se no meu colo.

 

E se fosses tu, caravela das minhas noites de insónia,

Que te deitasses no meu colo

E me declamasses todos os poemas,

E todas as palavras,

Invisíveis e possíveis,

 

Eu, o poeta dos teus olhos,

Era um barco em pequenos silêncios de papel.

 

Tinha flores e árvores no meu jardim,

De saudade,

Morreram numa tarde de Setembro,

E hoje, tenho as tuas palavras e a tua voz

Para recordar as minhas flores e as minhas árvores; e tenho o sono que deixou de dormir em mim.

 

Eu, o poeta dos teus olhos,

Era um barco em pequenos silêncios de papel.

 

Leio-te e oiço-te,

Enquanto esta lareira de insónia me transporta

Para os teus braços e percebo que habito numa cidade sem nome.

E um dia serei o vento

Que brinca nos teus lábios de Outono,

 

Como eu brinquei nos lábios de um rio,

E quando lhe tocava, ele, começava a arder

Com ardem todos os corpos mergulhados na paixão.

 

 

 

 

Alijó, 30/11/2022

Francisco Luís Fontinha

sábado, 26 de novembro de 2022

Estátua de sono

 Escondo-me nos ossos frios do meu corpo

Que vivem entre silêncios e poeira.

As janelas que transporto desde a infância

Fecham-se na minha mão.

 

Escondo-me nestes pobres ossos

Que a noite bebe

Que eu bebo

Até que a morte nos separe.

 

Revolta-se a paixão dos meus pássaros em papel

Revoltam-se os pássaros tristes que a manhã esconde

Dentro da algibeira onde se esconde a insónia

Gritam

E revoltam-se

Erguem-se até às nuvens

Que transportam as pequenas gotículas que poisam na tua pele

A insónia traz as palavras encurraladas pela tempestade

E enquanto me escondo nos ossos frios do meu corpo

Invento as pedras onde me sento.

 

Neste rio morro

Neste rio lavo os meus ossos

E a minha vida é um aborto na penumbra da manhã.

Visto este casaco de chapa zincada

Que o secreto silêncio faz de mim um coitadinho

Um pobrezinho camuflado nas estrelas nocturnos do desejo.

 

Escondo-me das estrelas

Escondo-me da lua

Escondo-me da poesia

Que semeio ao meio-dia.

 

E sento-me nesta carícia desejada

Uma fome em carícia

Um pequeno cadáver deitado na lama.

 

Um dia

O amor vai ouvir as minhas palavras

Vai olhar os meus desenhos

E vai pensar o quão louco fui

Porque amei

Porque chorei

Porque morri

E me escondo nos ossos frios do meu corpo.

 

Tão triste

Quando me olho no espelho

E vejo no meu peito

A imagem do meu pai

E vejo no meu peito

O silêncio da minha mãe.

 

Tão tristes

As palavras de ninguém que escrevo na minha mão

Torno-me invisível

Transparente

E desapareço debaixo do luar.

 

Serei um vagabundo

Porque detesto ver televisão?

Serei um vagabundo

Porque detesto futebol?

 

Serei um vagabundo

Por gostar de ouvir poesia

Enquanto a noite se suicida dentro de mim?

 

E os meus ossos?

E enquanto bebo uísque

E fumo merdas

Escondo-me no frio e triste silêncio do meu corpo.

 

Converso com os peixes

Que desenhei em criança.

 

No meu casaco de chapa zincada

Telhado da sanzala onde brinco

As portas se fecham na penumbra dos cinzentos olhos

E este meu cadáver se despede do teu poema

Que dorme nos teus lábios.

 

Olho todos estes quadros

Olho-os e penso como destruí-los

Quero ser o assassino dos meus quadros

Quero ser o assassino de todos os meus papeis

De todas as minhas palavras.

 

Escondo-me nos ossos frios do meu corpo

Que vivem entre silêncios e poeira.

 

Levem-me.

 

Escondo-me nos ossos

Frios

Do meu corpo.

 

Escondo-me na sombra das árvores do meu jardim

Deixei de comer

Detesto comer

Prefiro ouvir poesia

Fumar

E beber.

 

Detesto comer.

 

Neste momento

Oiço o vento

Apenas me apetece comer poesia

Beber os uivos gritos do teu clitóris.

 

Os meus versos são uma merda

Os meus quadros

Merda são

No fundo

Um pedaço de esperma de merda do meu pai

Fecundou um óvulo de merda da minha mãe;

Assim, nasci eu.

 

O eterno artista de merda

Da merda

E da fome.

 

Roubaram-me a noite.

 

(Escondo-me nos ossos frios do meu corpo

Que vivem entre silêncios e poeira.

As janelas que transporto desde a infância

Fecham-se na minha mão)

 

Roubaram-me tudo.

 

Até as lágrimas me roubaram.

 

Se algum dia me visitarem

Tragam-me os retractos que deixei na minha secretária

Veleiro dos meus sonhos

Nos meus sonhos

Os teus sonhos.

 

Pequena manhã do meu inferno

Floresta que assombra o meu passado

E enquanto Deus me abandona

Uma flor de esperança sobe a calçada

Liberta-me

E oferece-me as espingardas que disparam beijos e sonhos.

 

Para que eu quero beijos e sonhos…

 

Sento-me e pego nestas brasas de silêncio

Ai se o meu filho estivesse junto a mim…

 

Enquanto morro.

 

Ele morto.

 

Poemas sem destino

Colmeias de abelhas dentro do meu quarto

Invento o inferno

Do inferno de escrever

No inferno que é viver

Ser louco

Entre loucos

Naquele esconderijo.

 

Um dia voarei sobre o teu corpo

Que se aproxima dos ventos imaginários da tua boca

Serei louco

Beijar-te

E cruzar os braços enquanto me morro em ti.

 

Que trazes na mão, pequena?

 

Trazes lágrimas

Ou sonhos?

 

E tudo arde

Enquanto toco com a minha mão

O Céu…

 

Este inferno

Destes meus pobres ossos

Enquanto me escondo

No meu corpo doente.

 

Bebo e fumo merdas

E penso em ti

Enquanto os meus ossos

São poemas

São palavras envenenadas das tristes noites de insónia.

 

E assim dorme a noite no meu peito.

 

Um milímetro quadrado da tua pele

Nos meus lábios…

 

Em mim

Uma pequena estátua de sono que te deseja.

 

 

 

 

 

Alijó, 26/11/2022

Francisco Luís Fontinha

As flores do sono

 Este relógio

Que morre no meu pulso

Este relógio

Que não escreve na minha mão

As horas em que vivo

 

Este relógio

De números invisíveis

Deste relógio

Que transporta a dor

Que sentem as flores do sono

 

Este relógio

Que habita no meu pulso

O meu pulso sem coração

Completamente só

 

Este só

Que é este pulso só

Deste relógio

O relógio dos quatro ventos

Junto ao mar

 

Este relógio

Com veneno em apêndice

Com poemas e sem poemas

Porque este relógio

É o relógio deste poeta só

 

 

 

 

 

Alijó, 26/11/2022

Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

As frestas do teu olhar

 As frestas do teu olhar deixavam entrar as finíssimas lâminas de luz que em viagem regressavam dos rochedos em flor,

Inventa-me, enquanto acredito nas feras amansadas das tristes noites de Primavera.

Deste veleiro em busca do vento, oiço as canções das tuas lágrimas, com que te escondes enquanto as flores do meu jardim, entre os parêntesis da manhã, correm para o mar.

E o mar ergue-se na alvorada, ele é pássaro, ele é nuvem, ele é a luz…

O corpo flutua nas tardes junto ao cais, a caneta que dá vida às palavras, separa-se do corpo, troce-se sobre a mesa, e esta cidade sufoca-me,

O cigarro morre,

Entre olhares, a rádio em ecos desvairados, os animais em círculos, caminham para o areal em sinfónica maldade da noite, quando a paixão mergulha nas mãos de um mendigo; as flores, meu amor, as flores que transportas nos teus olhos cinzentos e de mil e uma palavras, o barco morre, e termina o luar nas tuas mãos.

Este mar de insónia, morre-me,

E acredito que as palavras que deixo no teu diário, também vão morrer, de tédio.

Cruzas os braços, e também eu, de tédio, morrerei numa tarde de sono. Agora, vêm a mim a tua mão, pegas no meu olhar, e em pequenas fatias de paixão, voamos em direcção ao Sol.

Sou o sono, oiço-te.

E estamos vivos porque as cancelas da noite nos prendem ao calendário diurno das tardes em poesia, beijo-te e invisivelmente, sou a fera metálica das lareiras em chama, e ardem nos teus braços as flores cintilantes do olhar.

A tua voz, morre-me,

E morrem-te as minhas palavras em ti, como morrem todos os poemas que escrevo.

Voamos em direcção ao Sol, como voaram todas as abelhas das colmeias que habitavam junto ao rio. Depois, os sonhos mergulharam nos degraus que nos levavam até ao sótão.

E este barco dorme docemente nos teus seios, quando a minha boca inventa em ti as sonâmbulas lágrimas dos socalcos floridos; um barco, um barco de silêncio nas tuas coxas, meu amor.

E cai sobre ti a alvorada e as frestas do teu olhar.

 

 

 

 

Alijó, 25/11/2022

(Francisco)

(ficção)

Os pequenos lençóis do sono

 Este homem que vos escreve

Com um braço de sono no coração

E daquele livro em construção

As muralhas da cidade

Em círculos de insónia.

 

A fogueira esconde-se na algibeira dos sonhos

Junto à janela

Amo-te enquanto os teus pedacinhos de mel

Dormem sobre o meu peito

Onde juntamente com os teus pedacinhos de mel

Uma espada rouba-me a tua voz.

 

Não durmo enquanto a lua não acordar

Não durmo enquanto dos cortinados dos meus sonhos

Os pássaros da madrugada subirem a montanha

E procurarem-me em vão

Como se eu fosse uma sombra de pedra

Sem perceber porque morrem as abelhas.

 

O meu corpo parece um pequeno silêncio de espuma

Na secreta lápide onde escondo as nuvens

E nesta mão

Este homem que vos escreve

Dorme nos lábios da cidade.

(dos pequenos lençóis do sono)

 

 

 

 

 

Alijó, 25/11/2022

(Francisco)

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Palavras entre marés

 Estávamos no Inverno

E das tuas mãos finas longas e frias

Vinham a mim as palavras entre marés adormecidas

Sobre a frágil melancolia dos teus olhos

Um pedacinho de sorriso meu

 

Caía sobre o mar de insónia

Como crianças em brincadeira

À volta de uma fogueira invisível

E percebia-se das nuvens que nos abraçavam

As gloriosas flores em combustão

 

Todas as manhãs

Abro a janela para o mar

Limpo a poeira nocturna que sobre os meus livros dorme

E numa carícia

Invento o sono nos teus olhos de poesia

 

Guardo as tuas lágrimas de luz

Desço as escadas que me levam durante a noite

Às esplanadas dos grandes rochedos

Saltamos o muro da infância

E na tua mão acordam as madrugadas simples sem sótãos

 

O poema que trazes no corpo

Aos poucos

Puxa a minha triste mão

E de um cigarro anónimo

Regressam a mim as lareiras das tardes sem literatura

 

 

 

 

Alijó, 10/11/2022

Francisco Luís Fontinha

domingo, 6 de novembro de 2022

Menina doce mel

 Inventa-me

E adormece-me dentro de ti.

Inventa-me

Como inventas o sono,

Quando da janela virada para o mar

 

Um barco de sémen poisa no teu peito.

Inventa-me quando me desenhas

Nas paredes finas e frias do teu silêncio,

Ou quando escreves no meu sorriso

As palavras de amar.

 

Inventa-me enquanto a insónia

Dorme sobre esta pedra de saudade,

Inventa-me neste jardim esgrouviado

Onde as minhas flores

São pequenas lâminas de papel em solidão,

 

Inventa-me enquanto existe manhã

E a luz dos teus lábios

São as estrela felizes da madrugada,

Inventa-me nas tristes ruas desta cidade

Sem tardes de poesia,

 

Nas tardes de poesia.

Inventa-me menina doce mel

Nos círculos de luz com olhos verdes…

E eu te banho de palavras

Que transporto nas minhas trémulas mãos de espuma.

 

 

 

 

Alijó, 06/11/2022

Francisco Luís Fontinha

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Geometria da paixão do sono

 À tua janela

Das minhas palavras ensonadas,

Na tua boca estes transversais silêncios,

Luzes, estrelas, beijos de luar

Que poisam nos lábios dos pequenos círculos do sono,

 

À tua janela

A geometria da paixão que das tuas mãos

Invade os quadriculados olhares,

E no peito, trazes as noites junto ao mar…

Sem que de dentro de nós

 

Acordem as palavras incógnitas

Que semeávamos no rio,

Haja alegria quando as noites

Têm janelas com braços,

E pequenas fotografias de medo,

 

À tua janela

Uma estátua de sal olhava-me,

E antes da minha entrada nos teus braços

Eu sabia que tinhas uma lâmina de geada

Que se alicerçava no meu rosto,

 

Pego neste relógio de pulso, e cansado

De me avisar que a noite vem em viagem,

Que as flores dos teus cabelos

Dormem nos lençóis da insónia…

Como dormiam todos os pássaros junto à tua janela.

 

 

 

Alijó, 26/10/2022

Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Os teus olhos de arco-íris

 

Nos teus olhos de arco-íris

Escondem-se as estrelas,

Brincam os exoplanetas do cansaço,

Dos teus olhos, em lágrimas paixão,

Fogem os plátanos da madrugada,

 

São luar,

Os teus olhos de arco-íris,

São tristeza,

São poema ao cair da noite,

Nos teus olhos

 

Há pedaços de silêncio,

Das frases que se escondem no pôr-do-sol,

E esses olhos de arco-íris,

São canção no leito em revolta…

Cerejas que a Primavera escreve nos teus lábios,

 

Dos teus olhos de arco-íris,

Também se escondem as flores aprisionadas,

Também se esconde nos teus olhos de arco-íris

Um coração em delírio,

Um castelo invisível,

 

Uma Princesa inventada pelo sono,

E nos teus olhos de arco-íris,

Vejo o rio que acaba de acordar,

E não sabe, desconhece,

Que os teus olhos de arco-íris… são o silêncio do mar.

 

 

Alijó, 14/10/2022

Francisco Luís Fontinha

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Dos livros estes livros

 Deixou cair as asas sobre o mar e adormeceu; no dia seguinte deu-se conta que todas as fotografias que tinha escondido dentro da pequena caixa de sapatos número trinta, rés-do-chão esquerdo, tinham desaparecido como anteriormente já tinham desaparecido dois livros de poesia de AL Berto, um livro do Pacheco e um outro de Lobo Antunes.

Com os livros de poesia de AL Berto, muitos anos antes de perder as asas, teve uma enorme discussão, pois estes quase sempre não gostavam de ser manuseados, folheados, quanto ao livro do Pacheco, esse, estava sempre com dor de cabeça.

O dia erguia-se entre os seios dela, da rua, regressavam aos poucos as loucas buzinas dos transeuntes em delírio, como regressam ao final da tarde os estorninhos parecendo uma orquestra de zumbis, mas quanto aos dois livros de poesia de AL Berto, hoje, e enquanto os folheava e manuseava, não se queixaram de tal, até que o livro do Lobo Antunes me questionou a razão do par de asas estar sentado sobre eles, quando poderiam muito bem estar na minúscula sala de jantar; e porque não suporto birras nocturnas, puxei de um cigarro e fui ver o maldito mar daquela última noite.

O mar estava chocho, a maré tinha acabado de deixar o quarto e nele deixou impregnado o invisível perfume que apenas as marés usam, junto à janela havia uma secretária onde dormiam pedaços de papel escritos no século passado e que ele já nem se recordava; que conste que tratava-se apenas de algumas cartas que nunca foram enviadas, portanto sem remetente, e duas ou três receitas de culinária que nunca se atreveu a experimentar.

O mar estava enjoado. Nos lençóis, uma pequena mancha de esperma, desenhava a manhã que mais tarde acordaria e ninguém saberia se ia terminar. Numa das paredes, pequenas frestas olhavam-no, e começou a acreditar que estava a ser observado pelo defeituoso silêncio que muitas vezes se alicerçava sobre o peito e, quase sempre não entendia a razão.

Sabia que um dia seria apelidado de anjo azul, de azul tinha o pulso pincelado, mas de anjo, de anjo nada tinha, apenas as asas que deixara cair sobre o mar.

Sabíamos que a noite trazia sempre uma pequena malga de sopa, uma sandes de nada e dois ou três cigarros, depois, acreditando que sabia voar, colocou as asas e lançou-se da clarabóia…

Estatelou-se no pavimento como se fosse um pássaro que acabasse de sofrer um AVC, até que do mar, em passo apressado, vieram em seu auxílio as fotografias que tinham desaparecido da pequena caixa de sapatos; ouviam-se os lobos que aos poucos se despediam da maré, e esta, partiu.

Ele, depois de acordar, abraçou-se aos pequenos lençóis e ainda hoje inventa o sono antes de regressar a noite às suas mãos.

 

 

Alijó, 26/09/2022

Francisco Luís Fontinha

sábado, 24 de setembro de 2022

A menina das serpentes

 Cerro os olhos,

Percebo que transporto na mão

As lágrimas da alvorada,

Lamento informar vossa excelência,

Mas esta madrugada é de graça,

 

Puxo de um velho cigarro,

Não me lembro de nada,

Lamento,

Parece que acordaram agora as acácias,

E do outro lado da rua,

 

Nem um pequeno sorriso…

Lamento informar vossa excelência,

Mas o rio deixou de correr para o mar,

À janela, a menina das serpentes,

Chora,

 

Acreditava nos sonhos,

E dou-me conta que os sonhos são cadáveres de sono

Descendo a Calçada da Ajuda,

E se ajuda ou não ajuda,

Ela, dorme sobre a erva laminada da manhã,

 

Cerro os olhos,

Percebo que transporto na mão

As lágrimas da alvorada,

E de um pequeno sorriso…

Observo-o… lamento informar vossa excelência.

 

 

Alijó, 24/09/2022

Francisco Luís Fontinha