sofrer
morrer
na vaidade da vida
quando
a vida é uma vaidade desmedida
sofrer
sonhar
e sofrer
mergulhar
o corpo na clandestinidade da saudade
vivida
sonhada
sofrida
sofrer
e morrer
na
vaidade da vida
quando
o sonho pertence à saudade
ser
não
sendo o ser perfeito
aquele
que todos querem que eu seja
um
tonto
um
desnorteado
sem
o saber
absorto
mergulhado
no sofrer
sofrendo
não
ser
a
abelha amestrada do silêncio
a
gaivota da solidão sobrevoando a montanha
não
o tenho
o
amor
e
a paixão
de
amar
e
ser amado
pelos
pássaros da madrugada
ao
amanhecer
o
prazer
de
fundir o meu corpo no teu
um
só
um
corpo
dois
destinos
e
três maços de cigarros
amanhã
não
sendo
sendo
o dia da despedida
a
carta sem remetente
à
deriva
a
diva
mulher
do meu saber
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
quarta-feira,
11 de Novembro de 2015