Mostrar mensagens com a etiqueta Francisco Luís Fontinha. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Francisco Luís Fontinha. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 9 de maio de 2023

A montanha

 

(pintura em curso: 60cm x 80cm. Acrílico s/tela – Francisco Luís Fontinha – Alijó)


O que é o amor,

Meu amor!

Como é meu amor,

O amor,

Do nosso amor.

 

O amor,

Meu amor,

É uma coisa estranha,

Que se gosta,

Que se ama…

O amor nasce,

O amor cresce,

Mas,

Meu amor,

Mas será que o amor, morre?

 

Não, claro que não.

O amor,

Meu amor,

O amor,

Do nosso amor,

Umas vezes com vento,

Outras vezes em flor…

 

Mas, meu amor,

O amor também é tempestade,

Também é saudade,

Dos que partiram,

Ou daqueles que não regressarão mais…

Como o poeta dos ventos,

Que sobe à montanha mais alta,

Grita…

Amo-te meu amor!

 

 

 

Alijó, 09/05/2023

Francisco Luís Fontinha

segunda-feira, 8 de maio de 2023

domingo, 30 de abril de 2023

Doce madrugada

 


(acrílico s/tela. 60cm x 80cm)


Aprisiono cada pedacinho do teu sono,
Roubo a tua madrugada,
E escondo-a dentro do meu peito...

sábado, 29 de abril de 2023

O sono

 

O sono

Esse pequeno silêncio que a noite traz

Essa nuvem de espuma das amoreiras em flor,

O sono…”

 

Acrílico s/tela. 70cm x 100 cm. Francisco Luís Fontinha – Alijó

domingo, 15 de janeiro de 2023

sábado, 28 de agosto de 2021

As palavras de amar

 

Tenho dias.

Todos os dias

Todas as horas

Todas as manhãs,

Onde moras,

Habitas,

Descansas

E dormes.

O amor.

As palavras

Nos livros da paixão

Do corpo

Na mão

Do silêncio

Que vive neste mar;

Os olhos descansam

Nas montanhas sem ninguém

Debaixo

Acima

Entre linhas

O desejo.

Amar

As nuvens do teu sorriso

Numa imagem

Sem juízo

A ira

O grito

Às gaivotas dos teus seios;

Nenhum pássaro

Estúpido

Se deita em ti,

Como assim?

Em ti,

Planície congelada

Do corpo que jaz na minha mão

Ao de leve

Levemente

Entre nós.

Um copo.

Quase ninguém presente

Ausente

De mim

Neste esconderijo branco.

O nojo.

A morte em forma de nojo.

O amor de ti

Em mim

Nesta gaivota sem nome;

Ontem

Uma criança

Hoje

Um livro de poesia.

Assim

Serei

Não sei

Talvez o número de polícia mais estranho do meu bairro.

Sobre as pálpebras

As imagens de quatro cantos

Numa tigela

A sopa dorme

E suicida-se

Contra a colher da saudade.

Depois.

Vem a noite

Atira-se para cima da cama,

Pronto

Sempre

Nesta casa de ninguém.

A janela

À janela

Há janela;

Todas.

Em minha casa.

Sempre

Que há o amor.

Desejar

Não desejar

Que um dia deseje a morte;

E no entanto

Não me canso

Nem durmo

Sempre que a tua boca absorve o meu corpo.

Caso contrário

Limito-me a escrever

Em ti

As palavras de amar.

 

 

Francisco Luís Fontinha

Alijó, 28/08/2021