a
sombra
em
teu sorriso vermelho
sem
destino nos meus lábios
entre
marés de Inverno
e
noites de Inferno
traz
o sofrimento desejado
inventa
no meu corpo a alma desajeitada
que
só os fantasmas conseguem ouvir
na
madrugada
da
sombra
na
sombra
em
teu sorriso vermelho
a
rosa de papel com odor a silêncio
teus
beijos
sem
triangulares janelas
onde
poisas os teus seios
quando
passa na Calçada
o
quadrado a recta e o sonâmbulo embriagado
a
sombra
na
triste roda dentada
aqui
ali
longe
de mim…
sentada
à
minha espera sabendo que eu não regressarei nunca
aos
teus braços
às
tuas mãos…
nunca
a
sombra
em
teu
sorriso
vermelho
se
ausentou do meu destino
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
quarta-feira,
4 de Novembro de 2015
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