Percebia
nos teus lábios
A
distância do mar,
Não
existiam no teu olhar
As
caravelas nocturnas do silêncio,
Acariciava-te
os cabelos
E
via em ti uma criança,
Sentada
debaixo da melancólica sombra da árvore esquecida,
A
tarde fugia-nos em direcção ao Tejo,
E
o meu corpo levado pelo vento…
Regressavam
as estrelas de papel,
Ouvíamos
os tentáculos do sono em constante pulsar,
Adormecíamos
No
desespero luar…
E
o meu corpo,
Voava
como o lençol do amanhecer
Entre
a partida e o regresso de um novo sonho,
Percebia
nos teus lábios
A
distância do mar,
E
o mar tão longe… meu amor!
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Segunda-feira,
1 de Junho de 2015