segunda-feira, 1 de junho de 2015

E o mar tão longe…


Percebia nos teus lábios

A distância do mar,

Não existiam no teu olhar

As caravelas nocturnas do silêncio,

Acariciava-te os cabelos

E via em ti uma criança,

Sentada debaixo da melancólica sombra da árvore esquecida,

A tarde fugia-nos em direcção ao Tejo,

 

E o meu corpo levado pelo vento…

 

Regressavam as estrelas de papel,

Ouvíamos os tentáculos do sono em constante pulsar,

Adormecíamos

No desespero luar…

 

E o meu corpo,

Voava como o lençol do amanhecer

Entre a partida e o regresso de um novo sonho,

 

Percebia nos teus lábios

A distância do mar,

 

E o mar tão longe… meu amor!

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Segunda-feira, 1 de Junho de 2015

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