Do
movimento pendular do sono
Oiço
as tormentas sombras do teu silêncio olhar,
Perco-me
no ondular medo que a equação da dor
Constrói
numa velha ardósia,
Na
rua sinto os automóveis esfomeados
Descendo
calçadas,
Subindo
escadas,
E
chegando ao sótão…
As
migalhas do sonho
Embrulhadas
em velhos jornais,
Teias
de aranha
E…
Nada
mais,
Nada,
Mais,
Como
ontem,
E
lágrimas embalsamadas pelo relógio nocturno da miséria,
Abro
a janela
E
durante a noite o mar fugiu,
Como
fogem as andorinhas
Em
cada final da Primavera…
Sem
um pincelado “adeus”,
Ou
o regresso do mar à minha janela.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira,
29 de Maio de 2015