Percebi
porque o mar me abraçava, vinte e duas noites nos teus braços
E?
O
cansaço da aldeia regressando ao passado, velhas casas em novas
casas, eiras, espigueiros mergulhados na límpida manhã de verniz,
este corpo, este corpo avizinhando solidão, peste, e
E?
Nos
teus abraços, o meu nome, a minha identificação e morada
Amanhã
quero-te,
Dizias-me
em cintilações palavras que era preferível a separação,
Separamos-nos
então...
E
morada, sem número de polícia, sem-abrigo alvorada, saía do bar,
desenhavas círculos na calçada, e
Amanhã
quero-te,
E
meia dúzia de bugigangas,
Não
pagamos,
E?
E...
algumas chávenas em pura porcelana, made in ex Congo Belga, na
fotografia, ele sentado na esplanada do desassossego, gel na cabeça,
sapato pontiagudo... e calças estreitas junto aos tornozelos, e
E?
Bugigangas
baratas, tinham nas palavras as janelas do sexo, a aventura, uma
noite
Stop,
Roça-se-lhe
no corpo, e este
E?
Baloiçando
no capim...
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
7 de Março de 2015