O acrílico beijo
na tela do desejo
sem medo de perder
o acordar da
madrugada
ele abre a janela
e percebe que
afinal...
a madrugada é um
fantasma
uma coisa de nada
sombras
silêncios
e
e abraços na
escuridão
ela sabe que os dias
morrem
e nas aldeias de
granito
habitam pássaros de
papel
coloridos
aventuras
sem destino
acorrentados aos
gritos da caverna do adeus
ela sabe que os dias
poucos
nenhuns
absorvem a luz
disparada por um
olhar invisível
e no entanto
o beijo
transforma-se em fotografia
negra
como o poço da
morte
na infância de uma
cidade perdida
há nos seus lábios
abelhas
e pincelados
corações de pólen
e voam
poucos
nenhuns...
homens conseguem
entranhar-se no seu corpo
e ela desaparece em
cada avenida do sofrimento.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 6 de
Março de 2015
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