Sons
do Parque Alijó 2018
domingo, 15 de julho de 2018
sábado, 14 de julho de 2018
domingo, 8 de julho de 2018
A fuga
Navego
no teu sorriso como um louco pássaro,
O
sal mistura-se na tua mão com a areia fina da saudade,
E
perco-me no teu olhar…
Depois
do pôr-do-sol.
Descalço-me,
Lanço-me
ao rio…
E
sinto o meu corpo em fuga em viagem até à morte.
Sou
apenas uma serpente envenenada pela escuridão…
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
08/07/2018
domingo, 1 de julho de 2018
domingo, 24 de junho de 2018
Três
dedos de conversa, uma chávena de chá, um livro poisado na tua mão, enquanto lá
fora, muito distante de nós, uma cobra brinca na fina areia dos teus olhos.
Enquanto
dormia, a flor do teu sorriso despede-se das pétalas envenenadas da noite,
rosna o sorriso do lobo, rosna o silêncio da montanha, quando deitas a cabeça
no meu colo…
São
rosas, meu amor, são rosas os teus cabelos brancos.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
24/06/2018
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Livro proibido
Aqueço-me
nos teus olhos, disfarço as rugas, pego num livro proibido sem tu o dares conta,
e imagino-te sentada junto ao lago desconhecido; nunca soube o seu nome, raça,
credo ou sexo, mas é o lago mais lindo do Universo.
Aqueço-me
nos teus olhos, banho-me na tua tristeza de um dia acordar a Primavera sem mim,
tu, descalça, caminhando em volta do lago, danças, saltitas e chamas por mim; e
nunca percebeste qual era o livro proibido…
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
18/06/2018
Desenho de Francisco Luís Fontinha
domingo, 17 de junho de 2018
Arte
A
arte do ser,
Quando
acorda na noite o prazer,
De
ler,
E
chovem estrelas de adormecer…
No
teu corpo de sofrer.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
17 de Junho de 2018
domingo, 10 de junho de 2018
domingo, 3 de junho de 2018
sábado, 26 de maio de 2018
206 ossos
A
colmeia de ossos perdida na montanha,
As
flores florescentes que iluminam a noite,
E
escrevem no meu corpo o poema,
Palavras,
Malditas
palavras na boca do inferno,
A
ribeira, simples lareira junto ao mar,
Descem
as caravelas,
Sobem
os braços dos náufragos,
Marinheiros
dos esqueletos putrificados,
As
candeias nocturnas do Adeus,
O
amor,
Amo-te?
Nunca
o saberei,
O
que é o amor?
Uma
vaca que voa…
Ao
cair a noite!
O
papel amarrotado do teu olhar,
Quando
as estrelas se suicidam nos teus lábios,
Nunca
amarei uma pedra…
Quando
ela me abraça,
Beija…
Nas
sombras dos holofotes de néon,
O
dia límpido,
A
neblina dos teus seios iluminados na floresta,
Ouves-me?
Amas-me?
Como
uma pedra,
Descalça,
Sem
palavras,
Ao
final da tarde.
Francisco
Luís Fontinha
Alijó,
26 de Maio de 2018
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Alijó, Portugal
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