Esta rua que me
alimenta
esta rua que me
corre nas veias
esta rua sem sombras
esta rua sem
candeias,
tem plátanos
embalsamados
tem gaivotas em
papel
esta rua que me
alimenta
esta rua dos
silêncios embriagados,
das plumas
enfeitiçadas
esta rua construída
com sorrisos de vento...
a minha rua tem
casas
e... e flores em
sofrimento,
esta rua das
noitadas
e dos cinzentos
olhares com odor a poesia
na minha rua habitam
canções...
e palavras em
agonia,
ai... esta rua dos
alentos em evaporação
e das barcaças em
melodia
esta rua é vida
... esta é a rua da
fantasia,
sinto a sinfonia
das tristezas
disfarçadas de madrugada
esta rua nunca está
cansada
esta rua... esta é
uma rua apaixonada.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Sábado, 13 de
Dezembro de 2014