Mostrar mensagens com a etiqueta a minha rua. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta a minha rua. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

A minha rua

 

Aquela rua já não me pertence

Fechei todas as janelas da casa

Matei as plantas e a casa

E escondi todas as fotografias dentro de uma caixa,

 

Aquela rua deixou de ter estrelas

E só existe a noite,

 

Aquela rua já não me pertence,

 

E até as árvores deixaram de respirar,

E todos os pássaros

Deixaram de brincar,

 

Aquela rua,

A minha rua,

Já não me pertence…

 

Resta-me olhar a lua.

 

 

 

Alijó, 06/12/2022

Francisco Luís Fontinha

sábado, 13 de dezembro de 2014

A minha rua


Esta rua que me alimenta
esta rua que me corre nas veias
esta rua sem sombras
esta rua sem candeias,
tem plátanos embalsamados
tem gaivotas em papel
esta rua que me alimenta
esta rua dos silêncios embriagados,
das plumas enfeitiçadas
esta rua construída com sorrisos de vento...
a minha rua tem casas
e... e flores em sofrimento,
esta rua das noitadas
e dos cinzentos olhares com odor a poesia
na minha rua habitam canções...
e palavras em agonia,
ai... esta rua dos alentos em evaporação
e das barcaças em melodia
esta rua é vida
... esta é a rua da fantasia,
sinto a sinfonia
das tristezas disfarçadas de madrugada
esta rua nunca está cansada
esta rua... esta é uma rua apaixonada.



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sábado, 13 de Dezembro de 2014