Na prisão do
“Adeus”
velhas flores são
torturadas pelo silêncio da luz,
não existem
janelas, não existe uma porta,
frestas,
ou... ou literatura,
lá fora, na rua,
ouvem-se os gritos
dos pássaros e das abelhas,
há um subscrito
negro onde alguém escreveu...
“para a morte”
as velhas flores não
precisam de saber qual é o significado da morte,
elas são velhas
flores torturadas...
pelo silêncio da
luz,
(e a morte é o
anoitecer de cheiros e sons
que só as velhas
flores conseguem desenhar
nas húmidas paredes
da prisão do “Adeus”)
na prisão do
“Adeus”
velhas flores são
torturadas pelo silêncio da luz,
não existem
janelas, não existe uma porta,
frestas,
ou pedaço de areia
com sabor a mar...
e as grades de ferro
transformam-se em madrugada vestida de branco.
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 11 de
Dezembro de 2014
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