domingo, 17 de fevereiro de 2013

Luas noites


Me encantam as luas noites
que desenhávamos na areia húmida do segredo nocturno
me encantam os sonhos circulares com olhos de vidro
que tínhamos sobre a mesa-de-cabeceira
me encantam as tuas doces mãos tórridas
que ancoravas no meu pescoço
trémulo
frio
longe do sol
me encantam as labaredas dos teus lábios
incinerais como as algas que procuravas no mar da ausência
me encantam as sílabas encarnadas dos teus seios minúsculos,

Me encantam as lagoas azuis do teu púbis metamorfoseado pelas tempestades de xisto
como as cinco palavras secretas do abismo
me encantam as flores que se suspendem nos ambíguos olhos da solidão
amorfos
embebidos nos transeuntes de pano que habitam a cidade
me encantam as sebentas que a floresta esconde nas algibeiras da madrugada
sem saber que o frio engorda as asas dos pessegueiros
e o calor emagrece os ramos dos pássaros
me encantam as laranjas que transformas em sumo
néctar de oiro com pulseiras de plátano adormecido
me encantam as tuas tristes lágrimas de sabão
quando descem dos telhados de vidro as salmonelas embalsamadas.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

Trinta e seis cachimbos e uma secretária

Quando cai sobre mim o meteoro do teu desejo, e aos poucos, em pedaços de luz, vai desfragmentando-se em grãos de beijos com sabor a silêncio, com a janelas do jardim das imagens encerradas, limito-me a desenhar no tecto das tuas mãos os orgasmos de ruído que a própria desintegração provoca nas paredes frágeis deixadas pelos antepassados pais em gesso e ripas e no interior palha seca,
Sei que me odeias, pensas tu quando abres as minhas cartas encalhadas nos rochedos que o mar da saudade esconde, um submarino de dor entranha-se nas tuas finas pernas, e o torpedo do amor rebenta contra os cabelos desassossegados que sobre ti deambulam como as borboletas palavras dos tristes livros sem poemas,
Sinto-me, dizes tu, aparvalhadamente só,
Como eu,
Ontem,
Amanhã, quando uma resma de papel acordar sobre o meu peito, (pediste do reciclado por causa do ambiente), mas esqueceste-te dos meus olhos desde ontem, prisioneiros numa almofada de cartão recheada com pedaços de amêndoa, tiraste-me os candeeiros da mesa-de-cabeceira, e pintaste no espelho do guarda-fato em espantalho de aço
Pergunto-te
Achas isso normal?
Sinto-me, dizes tu, aparvalhadamente só,
Como eu,
Ontem,
Quando cai sobre mim o meteoro do teu desejo, e aos poucos, em pedaços de luz, vai desfragmentando-se em grãos de beijos com sabor a silêncio, coisas suicidam-se nas manhãs de segunda-feira, e amanhã uma coisa qualquer vai morrer, desintegrar-se como fizeste com os meus olhos,
O que fiz eu aos teus olhos aparvalhadamente?
Deixaste-os, sós, sobre uma almofada de cartão recheada com amêndoas...
E depois?
Tive medo dos muros de betão que estão a construir à volta das nossas recordações, cada dia que passa, mais longínquas, distantes, em cinza dizias tu quando o meu cachimbo se apagava, e a noite entrava em nós como abelhas com sonhos nas asas e amanheceres nos lábios,
E depois, depois o muro ergueu-se até ao céu, colocaram-lhe sobre ele um tecto de lona, a a nova vida tornou-se num circo ambulante com clarabóias de chocolate,
Sinto-me, dizes tu, aparvalhadamente só,
Como eu,
À procura das linhas interrompidas que o pavimento da vida vai deixando submersas como as acácias de luz nos vidros opacos das janelas do destino, acordei cedo, deixei de fumar os três cigarros que fumava todos os dias ao acordar, pensava que não ia conseguir sobreviver, acordar, andar, amar, ser o mar, a lua, o cristal da paixão nas mãos de ti quando me abraçavas em pensamento, e consegui, e estou vivo, mas há qualquer coisa sombria nas tuas queridas mãos de seda, mas há
Que faço aos meus trinta e seis cachimbos?
Há um texto por escrever, há duas personagens que precisam de viver, darmos-lhes vida, tarefas, imagens a preto e branco, quem sabe, um filho, um miúdo de calções ou uma menina de saia correndo em volta de um círculo de capim, ou
Que faço?
As árvores abandonadas pelas chamas desérticas que trazias do teu mar e deixavas-as espalhadas pela casa da aldeia, atiravas pedras aos pássaros, por engano, partiste a cabeça a um rapazola da escola, ou da tua rua, ou alguém invisível que às vezes te acompanhavam nas tuas loucas brincadeiras, Que faço?
São de madeira, ardem!,
E eu sabia que nas tuas pálpebras brancas viviam socalcos desde o cimo da montanha até à linha férrea que circunda o mais belo rio, não sei
(Se primeiro este ou o Tejo)
Talvez sejam os dois os mais belos, únicos, artistas de circo que Portugal tem, hoje, hoje tenho saudades do Tejo porque poucas vezes o olho, e quando o olho, vêm-me as distantes lágrimas das manhãs de areia, e o Douro olho-o todos os dias bem lá longe, como os seios de manteiga da menina Aurora que era telefonista na companhia de seguros, eu, um simples corredor com portas, e um tecto falso, e ela, uma secretária, em pura madeira virgem, louco, louca
(Pura lã virgem),
E
Há um texto por escrever, há duas personagens que precisam de viver, darmos-lhes vida, tarefas, imagens a preto e branco, quem sabe, um filho, um miúdo de calções ou uma menina de saia correndo em volta de um círculo de capim, ou
Que faço?

(texto de ficção não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

P.S.
“As árvores abandonadas pelas chamas desérticas que trazias do teu mar e deixavas-as espalhadas pela casa da aldeia, atiravas pedras aos pássaros, por engano, partiste a cabeça a um rapazola da escola, ou da tua rua, ou alguém invisível que às vezes te acompanhavam nas tuas loucas brincadeiras, Que faço?”

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Equações do silêncio


Laços olhos
simplesmente partilhados
entre maços de palavras
e de vidro telhados
vêm as marés às manhãs teus lábios

nos cansados pães de açúcar
entra o mar pela porta secreta do homem vestido de negro
com um cinto de prata
e preso na boca
um cigarro de lata

como as letras das indesejadas equações do silêncio
porque o teu coração
espera a minha mão disfarçada de jangada
atravessas o rio
e em nada

a minha madrugada
cinco palavras escritas numa parede
à tua espera
como as cigarras noites de Primavera
como as poucas viagens das drageias de solidão

do outro lado da rua
um comboio vestido de paixão
com um ramo de flores e uma triste pétala nua
que os carris comem os sorrisos da lua
e brincam às palavras cegas

jogam à macaca
com riscos de seda no pavimento de cimento
parecem pássaros de heroína
na algibeira do vento
sem hora de regressar...

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

Mínimos fios de oiro

As diurnas caixa dos sonhos (esmolas?) que de estabelecimento comercial em estabelecimento comercial, de jardim em jardim, de cave em cave, escondem, semeiam, gratificam, as poucas moedas e notas que o homem dos gelados de chocolate foi deixando pelo chão, hoje sei que no Baleizão uma casa fantasma andava sempre de mão dada comigo, hoje sei que quando olhava a estátua da Maria da Fonte um petroleiro com bandeira da República Popular da China voava entre os meus cabelos e a incensa luz dos olhos agrafados aos pedaços de papel que sobejaram das tardes debaixo das mangueiras, hoje sei que
Deixei de saber, os anos atracam-se-me como correntes de aço, roubam-me os poucos sonhos que ainda restavam ao meu cadáver corpo de madeira prensada, e também existe o problema das asas de alumínio, os parafusos roucos devido às noites que passei sentado nos bancos de jardim à espera da menina do circo, e nunca mais chegava, chega, até que o arame que ligava as duas margens partiu-se em bocadinhos, centímetros de arame que aconchegadamente podem eternamente viver dentro da minha algibeira,
Tens saudades minhas? Respondia-te que não fingindo, porque sempre tive saudades dos caixotes de madeira, das moscas com muitas patas e asas transparentes, porque sempre tive saudades das pontes, dos teus cabelos de fio doirado e corpo magríssimo quando sobre o arame atravessavas as duas margens e desaparecias na neblina de Almada, claro
Que tenho saudades tuas sua tonta,
E depois do espectáculo, descias, construías uma vénia ao teu sorridente público e ias esconder-te na caravana estacionada a poucos metros do palco invisível, que o teu pai, empresário, ilusionista e palhaço, demorou um inteiro dia a montar sobre o pavimento térreo do voo nocturno dos pássaros embebidos na vodka dos miúdos à porta do cabaré, e quando lhes perguntavam se tinham factura?
Em uníssono respondiam
Tinhas corpo de bailarina, como as abelhas em busca do pólen que dos rochedos da insónia agrediam verbalmente os homens que no Baleizão semeavam gelados de chocolate junto à esplanada recheada de cadeiras e mesas e pessoas
De chapa zincada,
Em uníssono respondiam que com a fome comeram a (fatura) e com um pouco de sorte, durante a noite, ela, debaixo do (teto) das amendoeiras em flore, certamente era expedida através das entranhas do rabo ensanguentado devido à grossura do papel que tapava as fendas das paredes da caravana, ela
Esplanada recheada de cadeiras e mesas e pessoas adormecia nos meus braços e pela janela da caravana eu, eu via a luz mergulhada nos Cacilheiros em corridas como círculos em volta de uma árvores de sombra
Ela gritava,
E ouviam-se-lhe os gemidos dos motores a diesel engasgados com os rebuçados de mentol e recheados com sonhos, os mesmos que a gaveta durante anos, e anos, e anos,
Guardou como objectos valiosos, como ainda tenho todos os pedaços de arame que ela utilizava para atravessar as duas margens, e quando poisava em Almada, ouviam-se-lhes os gemidos
Dos motores a diesel que da caravana uma janela imprimia o rosto de um menino abraçado a uma menina, que procuravam, em busca, das asas de vidro das noites voadoras sobre o rio circunflexo dos alguidares de alumínio, e na verdade, deixei, deixamos, perdemos-nos
Antes do espectáculo começar e ela se transformar em nuvem de algodão, e hoje sinto saudades das inocentes (diurnas caixa dos sonhos (esmolas?) que de estabelecimento comercial em estabelecimento comercial, de jardim em jardim, de cave em cave, escondem, semeiam, gratificam, as poucas moedas e notas que o homem dos gelados de chocolate foi deixando pelo chão, hoje sei que no Baleizão uma casa fantasma andava sempre de mão dada comigo, hoje sei que quando olhava a estátua da Maria da Fonte um petroleiro com bandeira da República Popular da China voava entre os meus cabelos e a incensa luz dos olhos agrafados aos pedaços de papel que sobejaram das tardes debaixo das mangueiras, hoje sei que), que desciam do céu, e silenciosamente se sentavam nas cadeiras do Baleizão, aos poucos, um miúdo de seis anos apaixonava-se por uma trapezista com asas e que usava na cabeça fios, mas muito mínimos, de oiro, como as gajas que muitos anos depois eu via nas caves dos bares em Cais do Sodré,
Ela gritava,
Aos poucos, um miúdo de seis anos apaixonava-se por uma trapezista com asas e que usava na cabeça fios, mas muito mínimos, de oiro, que o vento levou como leva todas as palavras de amor.

(texto de ficção não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Algumas palavras em pálpebras de vidro

O que dizer quando todas as coisas, visíveis e invisíveis, morrem dentro de uma chaminé de vidro com pequenos grãos de gelo, o que dizer
Olha, sinto muito, morri,
E no entanto, ninguém, sentiria a tua falta, a não ser, a não ser os cortinados de renda que uma velha costurou na tua ausência, ainda tu, ainda tu brincavas com os calções, a camisola de alças e as sandálias de couro, e havia pequenas flores em cima da mesa do pequeno-almoço, é como os livros que ardem na fogueira
Dir-me-ás tu, louca paixão absorvida pelo magma e ouvem-se ao longe os pavios mergulhados na parafina em fios de luz descendo teu corpo abaixo, e novamente
Dir-me-ás
Novamente a ressonância magnética infiltra-se pela janela dos olhos verdes, e novamente, dir-me-ás que as coxas dos fantasmas têm seios de vento como algumas árvores têm voz de criança dentro de uma garganta de aço, e o teu corpo que há pouco era engolido por fios de luz, hoje, agora entra na fogueira juntamente com os livros por escrever, das labaredas libertam-se algumas palavras, poucas, como
Dir-me-ás amanhã
Estou louca por ti,
E eu
E tu
Sabemos que tudo é uma mentira que nós inventamos numa noite de nevoeiro, havia barcos pintados de espuma como o tesão das gaivotas contra os mastros de fibra de vidro, a loucura existe, eu sou louco, mas a tua loucura nada tem com o amor, com a saudade, com a lua, com as estrelas dos céus nocturnos vagueando docemente sobre o púbis uma cabeça de linho, as telas ardiam, e as imagens em sombras de rancor pélvico, encostavam-se ao muro de cimento-armado,
Ou os caixote de lixo esquecidos pela cidade,
Dir-me-ás que apaixonadamente pelos meus olhos verdes vives enclausurada entre paredes de gesso e finas placas de vidro, o que tu não sabes
(Dir-me-ás tu, louca paixão absorvida pelo magma e ouvem-se ao longe os pavios mergulhados na parafina em fios de luz descendo teu corpo abaixo, e novamente)
Desconheces que deixei de ter olhos e de verdes passaram a encarnados, será isto possível? Estarei grávido? Não sei,
Não sei
E ninguém saberá,
Quando se vão revoltar os caixote de lixo esquecidos pela cidade, desconheces que as minhas mãos, hoje, agora, são rosas de vento balançando como sexos murchos na areia da praia, e no entanto
Das labaredas libertam-se algumas palavras, poucas, como
Dir-me-ás amanhã
Estou louca por ti,
E eu
E tu
Não sei, e no entanto somos sílabas defeituosas suspensas na página 1525 do livro da paixão, mergulhas nos dias embainhados como águias feridas pelas balas de prata dos grandiosos destinos que a cama sobre o mar deixa sobre as conclaves dores dos corações de semanas sem descanso, e no entanto, ainda acreditas que tenho asas e que sei voar, que tenho duzentos e seis ossos e trinta e dois dentes, e sobre a cabeça um chapéu de palha
E no entanto
Dir-me-ás amanhã
Estou louca por ti (espantalho),
E eu
E tu
Não sei,
Sabemos que não o estás, como os esqueletos de arame dos homens de xisto que durante a noite me visitam e comem as luzes dos candeeiros semeados por uma louco, mesmo no centro dos passeios, e dizes-me, e dizem-me
Não sabemos, hoje não, tente novamente amanhã,
E amanhã dizem-me...
Se o senhor tivesse vindo ontem...
O Ping-pong entre duas paredes com grades de ferro forjado e sofás revestidos a tecidos importados da longínqua China, as luzes e as mesas vindas dos sonhos baratos de um musseque de Luanda, e as bebidas, dispensamos as bebidas em prol da literatura
E a literatura e os cigarros e os caixote de lixo esquecidos pela cidade, desconheces que as minhas mãos, hoje, agora, são rosas de vento balançando como sexos murchos na areia da praia, e no entanto
Das labaredas libertam-se algumas palavras, poucas, como
Dir-me-ás amanhã
Estou louca por ti,
E eu
E tu
Mortos como as paixões proibidas pelas manhãs de Outono, quando de um quinto andar sem varandas, ouvem-se todas as máquinas de sibilar que o homem de arame foi deixando pelos destinos sonhos adormecidos nos guindastes murmúrios dos lábios em desassossego Inverno... em pálpebras húmidas de vidro.

(texto de ficção não revisto)
@Francisco Luís Fontinha

(E no entanto, ninguém, sentiria a tua falta, a não ser, a não ser os cortinados de renda que uma velha costurou na tua ausência, ainda tu, ainda tu brincavas com os calções, a camisola de alças e as sandálias de couro, e havia pequenas flores em cima da mesa do pequeno-almoço, é como os livros que ardem na fogueira)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Os barcos de quilha adocicada

Dizias que o silêncio era uma árvore onde viviam laranjas, e que a solidão, quando aparecia, nunca vinha só, e sempre acompanhada, subia as escadas sumarentas de artrose e reumático, às vezes ouviam-se-lhe os suspiros dos dejectos indesejados que os insectos deixam ficar sobre a clarabóia de onde se via o céu, via-se claro que sim
Porque hoje acabo de saber que este, por ordem superior, foi privatizado e levado para outras paragens, ouvem-se os lamentos dos angustiados
Filhos da Puta,
Mas de nada servem os insultos, porque o céu, esse, tal como a água, essa,
Dizem que “Já Era”, como os cadáveres sonolentos dos impostores vaidosos que se fazem passear pelas avenidas da cidade, uns coitados de uma classe de “Mete Nojo” que só sobrevive à custa das escadas do Papá ou da mamã, ou do vovô... ou da “puta que os pariu”, mas sobrevivem, tudo têm e dizem que são felizes,
Tirando os barcos de quilha adocicada e com profundas modificações nas mãos com unhas de gel, nada de importante aconteceu hoje, o País continua na sua agonia morte lenta como os doentes que a tombola da sorte sorteou, e vivem desgraçadamente até deixarem de respirar, os Países Ditatoriais precisam de um povo inculto e de um exercito forte, o povo cala, e o exercito impõem a força, e para tal, o corrupto do chefe de estado precisa de generais fortes, corruptos, ricos
Ricos Monetariamente,
Filhos da Puta,
“Já era”,
Mas de nada servem os insultos, porque o céu, esse, tal como a água, essa, “já Foram”, e qualquer dia até Deus, até esse vão conseguir privatizar, e vimos Senhores Ministros do Reino em apertos de mãos a “Filhos da Puta” de ditadores, e o povo, lá, a morrer de fome, e o povo, lá, desprotegido dos mais essências bens dispensáveis a qualquer ser humano; saúde, justiça, educação...
Mas
Tirando os barcos de quilha adocicada e com profundas modificações nas mãos com unhas de gel, nada de importante aconteceu hoje, a Teresa ofereceu-me um livro “Diários – AL Berto”, talvez porque hoje é quinta-feira, talvez porque o fim-de-semana está a caminho, talvez
Dia dos namorados,
Não conheço, peço desculpa, e na melhor das hipóteses é entrar na barbearia ali junto ao quiosque das amêndoas em flor e perguntar a barbeiro, esses, esses quase que sabem de tudo, agora eu, não, não sei nada sobre o dia dos namorados; isso é o quê?
Mas Ricos Monetariamente, as Ditaduras de “Merda” que em troca do dinheiro tudo lhes é permitido; até roubar os sonhos das crianças...

(não revisto; a única coisa verdadeira neste texto é o livro de AL Berto “Diários”, tudo o resto é pura coincidência com a realidade)
@Francisco Luís Fontinha

Isso é amor


Se os teus olhos de poesia
um dia dormirem com o luar,
isso é,
isso é amor,

Se a tua boca de ficção
um dia sorrir,
isso é,
isso é amor,

Se as tuas mãos de papel tricolor
um dia aparecerem com palavras escritas,
isso é,
isso é amor.

(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha