Todas
as palavras voam sobre o mar,
Há-de
haver uma gaivota em desejo
Nos
vulcões suspensos do prazer,
O
fingimento da madrugada
Quando
a pobreza habita um corpo cansado de viver…
Há-de
haver uma calçada
Nos
meandros do beijo,
Uma
palavra para escrever
Em
cada olhar viciado na cobardia,
Em
cada olhar disfarçado de lágrimas solares,
Em
cada ensejo
Todas
as palavras voam…
Todos
os mares correm
E
morrem,
Nos
corredores em silêncio azulejo,
A
cada dia,
Todas
as palavras,
Morrem,
Morrem
depois do amanhecer,
E
na escuridão do ser,
E
na mão do ter…
Resta
esta árvore de sofrer.
Francisco
Luís Fontinha
06/12/16