quarta-feira, 30 de novembro de 2016

sentimento de amar


minha vida vagabunda

quando mergulhada em madrugadas doentes

umas vezes desapareço no cacimbo corpuscular…

outras sem vontade de navegar

entranho-me na noite imunda

com candeeiros de platina

nesta alma cansada

oiço nas tuas palavras o mar

e o silêncio nos dentes…

que encantam a minha triste sina,

não me peçam para escrever

as palavras do vento,

são ásperas, sonoras e inventadas pela sombra do luar…

sinto no corpo o vergar

das estrelas sobre o meu peito de sofrer

quando o sentimento de amar

quer ver-me morrer…

 

 

Francisco Luís Fontinha

30-11-2016

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