Me
encontro neste caixote em cartão
Que
a vida me deu,
Esta
casa fictícia que só as madrugadas absorvem
Nos
confins da tristeza,
Amanhã,
amanhã uma árvore em despedida
Entranhar-se-á
no meu corpo ósseo…
Do
esquelético desejo
Entre
os beijos desenhados
E
os beijos… e os beijos aprisionados.
Sou
uma planície sem nome
Mergulhada
na solidão dos meus medos…
Me
encontro
Neste
esconderijo de cartão
Como
um sonâmbulo desconhecido,
Triste…
Triste
e aborrecido.
Francisco
Luís Fontinha
26/11/2016
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