Viajo
entre linhas sombreadas
e
nortadas,
corpos
falidos,
corpos
doentes,
palavras
enfeitadas de tristeza
nas
profundezas da solidão,
viajo
entre linhas afogadas
nas
defuntas madrugadas,
quando
o silêncio morre…
quando
o silêncio parte para outras moradas,
a
triste fotografia do teu olhar,
a
simples canção fundeada no porto da saudade…
um
poema inventa-se
e
corre
e
morre nas amoradas
das
simples palavras,
oiço-as,
oiço-as
quando dos livros acordam as personagens da noite quebrada
e
elas partem para o infinito amor…
sem
perceberem a razão de viver.
Francisco
Luís Fontinha
11-11-2016
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