Não
sei o que fazem estes pássaros desajeitados no meu quintal.
A
pobreza tomou conta deles,
Adormece-os
enquanto não regressa a noite
E
a doçura da paixão sobrevive ao luar,
Alimentam-se
do meu cansaço que vive desassossegado na minha mão,
Insiste
na nobreza do espaço,
Inventa
tempestades de açúcar
Como
se fossem nuvens em papel.
O
sono é um livro de despedidas,
Palavras
à solta nos socalcos da solidão,
O
prazer construído na cidade invisível
Que
imagina horários abstractos e doentes…
Não
sei,
Não
sei o que fazem estes pássaros desajeitados no meu quintal.
Francisco
Luís Fontinha
20/11/2016
Sem comentários:
Enviar um comentário