O fantasma orgulho
do corpo
que navega nos
sorrisos imperfeitos
fingimento
quando a noite cai
não vive
e quer
ser
não sendo
o que é...
uma lâmpada de
lágrimas
alicerça-se ao
ombro ferido da serpente
tem na roupa a
etiqueta
mas...
mas existem pedras
de giz
na ardósia tarde
que observa o rio
não vive
e quer
ser
não sendo
o que parece
às vezes é uma
estrela
às vezes... não
passa de uma sombra
velha por dentro
infeliz
coitada
e quer
a serpente sobre a
secretária
difícil de perceber
o amor
as palavras
os livros
e todas as lâminas
que o sono constrói no sonho
a casa desabitada
infestada de
personagens
cansadas
como o silêncio
luar...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 18 de
Março de 2015