O
pilantra poeta que vos escreve,
É
um falso poeta,
É
um nocturno livro com folhas de nada,
O
abismo,
Na
madrugada.
O
falso poeta,
O
profeta das palavras imaginadas por um louco,
Que
um dia sonhou ser poeta,
E
hoje é um palerma de merda,
Sentado
numa qualquer esplanada.
O
profeta, poeta, embrulha-se no seu poema,
Roubado
dos jardins públicos da aldeia,
Escreve
no chão,
Grita
a liberdade por estar vivo
E
não ter ido à Guerra.
Esse
mesmo, o eu, o poeta de merda…
O
homem dos sonhos irrealizáveis,
Dos
desenhos abstractos das montanhas do silêncio…
Quase
nada,
Nada.
O
pilantra poeta,
O
dos livros queimados,
O
transeunte ilustre da cidade apagada…
Fujam
de mim,
Que
nada valho…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
25/04/2019