Vidas
cruzadas, estradas de sal, lágrimas de silêncio pergaminho em
saudade, corredores enormes, gritos e escadas sem corrimão, olhos
cerrados, portas, muitas portas... e todas encerradas,
Vejo
no espelho do meu olhar a morte vestida de árvore,
Dança,
o menino?
Pássaros
loucos, vozes, a dele e dos outros pedaços de pano,
Ai...
Estou
farto disto?
Vidas,
Feiticeiros
equacionando búzios e incógnitas, os senos desencantados com a
trigonometria da paixão,
Hipocritamente
o seno hiperbólico do amor...
Dança,
o menino'
Abutres,
girafas,... abelhas, poemas cansados nas nas tuas mãos de
marinheiro, o teu amor por mim, as palavras escritas no meu corpo
pela tua própria mão...
Está
frio...
Dança?
Vidas
cruzadas,
Estradas
de sal,
Lágrimas
de silêncio... nos meus lábios.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Quarta-feira
, 7 de Janeiro de 2015