Leia aqui:
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
Nostalgia
Amanheci
nos teus braços
Desconhecendo
o significado de amanhecer,
E
mesmo assim
Consegui
acordar
Desta
nostalgia desconhecida,
Deste
sofrimento de morrer…
Acordo
sempre nos teus braços
E
não sei como são os teus braços,
Amanheci…
Desconhecendo
o significado da madrugada
Que
se embrulha nos meus braços,
Estes…
conheço-os,
Ao
contrário dos teus que nunca tive o prazer de tocar…
Como
são os teus lábios de amanhecer…!
Que
eu procuro sem encontrar,
Amanheci
nos teus braços
Desconhecendo
o significado de amanhecer,
E
mesmo assim
Consegui
acordar
Desta
nostalgia desconhecida,
Deste
término de amar,
Como
o silêncio de adormecer
Acreditando
que tenho a minha cabeça deitada no teu peito…
Será
que sim?
Ou
sou uma árvore de um qualquer jardim
Que
espera o regresso da noite…!
Francisco
Luís Fontinha
quarta-feira,
24 de Fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Estrada da insónia
As
quatro esferas de quartzo
Desalinhadas
na estrada da insónia
A
simplicidade do silêncio mergulhada no meu corpo
Até
que ele cai no poço da alvorada
Não
sinto nada
Sou
indolor
Como
as manhãs de Inverno
Recheadas
pelo sono da madrugada
Francisco
Luís Fontinha
terça-feira,
23 de Fevereiro de 2016
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016
E poisava-me a mão sobre os meus
débeis joelhos, não falava, nada dizia, e talvez escrevesse dentro dele
Eu também, minha querida, eu
também..., mas diz-lhes que eu não estou,
E eu, esperava-o, sentava-me sobre
a meia-lua do prazer, pegava num livro, lia qualquer coisa, e fechava-o, e
recordava o cisco de oliveira cilindrado dentro de uma lareira de prata numa
cozinha de aldeia, cansei-me, cansei-me
De ti,
Uma mala de chapa uivava junto aos
meus pés, lá dentro, apenas papeis e livros, e claro, senhor anormal, os livros
são constituídos por folhas de papel, logo
Os livros também são papeis,
Então trouxeste de tão longe, uma
mala
Sim?
Uma mala de chapa e recheada com
papeis,
De ti,
Porquê padrinho? Porque tens medo
de mim?
E a meia-lua desesperadamente voava
sobre os desvairados plátanos do pensamento, havia lápis de cor e folhas de
cartolina, sobre os meus joelhos, a mão dele, sentia-a, como mais tarde senti a
mão da solidão no interior do meu púbis, como mais tarde senti nas minhas
coxas, sim padrinho
A sua suave voz melódica e poética
que Deus criou, como as nuvens e os infernos das flores em putrefacção, corpos
de carne misturados em bocas de mar que as árvores tanto invejam, Percebe-me,
padrinho?
Não, não consigo imagina-te...
Sentada neste sofá à espera que
você regresse?
E se eu não regressar?
in
“Noites de Mim”
Francisco
Luís Fontinha
domingo, 21 de fevereiro de 2016
Amanhã, amanhã meu amor, amanhã vamos ao beliche dos sonhos ressuscitar a alegria, amanhã estarei no teu esconderijo, só, eu, para eu adormecer, fazer amor com o teu silêncio, amar-te como o olhar das serpentes, nunca e nunca te dizer
O
objecto luminoso que acerca o meu corpo, são sete horas e ainda não acordei,
imaginei-me nocturnamente um cubo de vidro com faces pinceladas pelo desejo do
orgasmo invisível que a madrugada nos oferece
Amanhã,
meu amor?
Nos
oferece a cada tímido minuto de solidão, nos oferece a cada minuto de
desespero, amanhã, meu amor, amanhã
Do
amor?
Amanhã,
os contíguos cortinados do medo embrulhados na atmosfera gasosa do abismo, o
objecto, luminoso
Do
amor, as canibais palavras que me bombardeiam diariamente, o amor, o amor envergonhado
pela minha miséria e pobreza,
Não
faz mal… sou feliz assim, diz ele todas as tardes junto à taberna, lá dentro
meia dúzia de cadáveres embalsamados pelo álcool, os ossos rangendo como
serpentes no acordar do amanhecer, desisto,
Luminoso,
desisto do teu corpo, alimento-me de pequenas drageias e alguns uivos teus, nos
oferece, e engana, o som da morte, rodopiando as tenazes aventuras como
acontecia em Lisboa, íamos ao Tejo, vomitávamos as palavras do Sol que
iluminava a parada, o amor, o corpo do amor, nos meus braços,
Do
amor, a vergonha da miséria, a miséria alheia, a minha, a que aqueles que me
odeiam preferem proferir a todos o acordar, deixam-me louco, sem palavras,
amargo, invisível, snobe e encabeçado nas alegres manhãs de Primavera, amanhã,
meu amor, amanhã
Do
amanhecer, da preguiça de me levantar, tomar banho e lavar os dentes, o frio, a
geada, a tua ausência, todas elas argumentos para eu
Amanhã,
amanhã meu amor, amanhã vamos ao beliche dos sonhos ressuscitar a alegria,
amanhã estarei no teu esconderijo, só, eu, para eu adormecer, fazer amor com o
teu silêncio, amar-te como o olhar das serpentes, nunca e nunca te dizer
Amo-te!
O
objecto luminoso que acerca o meu corpo…
Francisco
Luís Fontinha
domingo,
21 de Fevereiro de 2016
Subscrever:
Mensagens (Atom)