(lavar
a loiça, coisa e tal, arrumar a cozinha… decididamente, não tenho muito jeito
para isto; sou melhor na poesia)
As
cobras que habitam o meu jardim,
São
silêncios de solidão,
São
palavras suspensas na minha mão,
Dos
livros absorvidos por mim.
As
cobras que habitam o meu jardim,
São
nuvens de espuma,
Brancura
da vida,
No
mar da despedida.
São
transeuntes embriagados,
Ninhos
de pássaro abandonados,
As
cobras que habitam o meu jardim,
São
a esperança de viver,
Estar
calado,
Quando
a Primavera acordar,
Sorrir,
E
caminhar sobre os parêntesis do cansaço.
As
cobras,
Que
habitam o meu jardim,
São
flores amestradas,
Papoilas
envenenadas,
Pela
geada,
Pela
sombra da calçada.
As
cobras,
Que
habitam,
O
meu jardim,
São
lágrimas.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
12-01-2020