Falta-me
qualquer coisa,
Sem
razão,
Acredito
na morte do amor
E
da paixão,
Dos
pássaros
E
do cacimbo,
Pego
melodicamente no meu cachimbo,
Sabes,
meu querido…
O
amor é uma “merda”,
Uma
farsa
E
uma mentira de trapos,
Como
o nosso olhar
Em
dias de transeuntes embriagados,
Descendo
a Calçada
E
fundeados no rio,
Gritam,
Gritam
pela liberdade do corpo,
Gritam
pela ambiguidade dos beijos
E
das caravelas em flor,
O
imperfeito,
Amor,
Paixão,
Deslumbramento,
Enterro
E…
E
a separação,
Madrugadas
em papel,
As
milícias do cansaço
Subindo
as escadas da tristeza,
Penso,
E
acredito,
Não
aguento mais…
Não
sinto as palavras
Nem
percebo os teus desenhos no espelho do meu quarto,
Não
tenho janelas, em mim,
Meu
amor invisível…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
16 de Maio de 2015