sexta-feira, 15 de maio de 2015

O fugitivo clandestino anoitecer


Fujo de ti,

Transformo-me em cinza

Ao anoitecer

Sem perceber

Que na minha mão

Morre,

Um cigarro,

A arder,

Fujo de ti

E sei que da noite apenas regressam as sombras

E o cheiro do capim,

Entre sílabas e imagens,

 

Entre barcos

E

E náufragos sem identidade,

Ignoro-me

E fujo,

Como fogem os lírios em cada pôr-do-sol,

Como fogem os corações em cada solstício,

Perdi-me,

 

E fujo.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 15 de Maio de 2015

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