sábado, 16 de maio de 2015

Amor invisível


Falta-me qualquer coisa,

Sem razão,

Acredito na morte do amor

E da paixão,

Dos pássaros

E do cacimbo,

Pego melodicamente no meu cachimbo,

Sabes, meu querido…

O amor é uma “merda”,

Uma farsa

E uma mentira de trapos,

Como o nosso olhar

 

Em dias de transeuntes embriagados,

Descendo a Calçada

E fundeados no rio,

Gritam,

Gritam pela liberdade do corpo,

Gritam pela ambiguidade dos beijos

E das caravelas em flor,

O imperfeito,

Amor,

Paixão,

Deslumbramento,

Enterro

 

E…

E a separação,

Madrugadas em papel,

As milícias do cansaço

Subindo as escadas da tristeza,

Penso,

E acredito,

Não aguento mais…

Não sinto as palavras

Nem percebo os teus desenhos no espelho do meu quarto,

Não tenho janelas, em mim,

Meu amor invisível…

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sábado, 16 de Maio de 2015

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