Cintilava na
fragrância manhã o beijo desassossegado,
Tinha na algibeira
alguns grãos de pólen,
Quatro ou cinco
abelhas…
E um sorriso nos
lábios pincelados com o desejo,
Havia no seu olhar
uma pequena cabana,
Junto a ela… uma
ribeira, e uma cama,
Cintilava na
fragrância manhã o beijo…
Quando da montanha
começaram a ouvir-se os sons poéticos da madrugada,
Toda a aldeia
iluminada,
O beijo
desassossegado… dançou, brincou…
E quando a mulher
onde ele habitava foi à janela…
Viu… viu outros
beijos iguais aos dela, correndo para o mar…
E,
E ela percebeu que
todos os beijos desassossegados,
São caravelas,
São a saudade
entranhada na fragrância manhã,
(Cintilava na
fragrância manhã o beijo desassossegado,
Tinha na algibeira
alguns grãos de pólen,
Quatro ou cinco
abelhas…)
E um sonho para
acordar!
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Terça-feira, 19 de
Agosto de 2014