terça-feira, 19 de agosto de 2014

Beijo desassossegado


Cintilava na fragrância manhã o beijo desassossegado,
Tinha na algibeira alguns grãos de pólen,
Quatro ou cinco abelhas…
E um sorriso nos lábios pincelados com o desejo,
Havia no seu olhar uma pequena cabana,
Junto a ela… uma ribeira, e uma cama,
Cintilava na fragrância manhã o beijo…
Quando da montanha começaram a ouvir-se os sons poéticos da madrugada,
Toda a aldeia iluminada,
O beijo desassossegado… dançou, brincou…
E quando a mulher onde ele habitava foi à janela…
Viu… viu outros beijos iguais aos dela, correndo para o mar…


E,
E ela percebeu que todos os beijos desassossegados,
São caravelas,
São a saudade entranhada na fragrância manhã,
(Cintilava na fragrância manhã o beijo desassossegado,
Tinha na algibeira alguns grãos de pólen,
Quatro ou cinco abelhas…)
E um sonho para acordar!



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Terça-feira, 19 de Agosto de 2014

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