domingo, 17 de agosto de 2014

Beijos de papel


Embrulhados em pura lã virgem,
acordam os lábios do entardecer,
há uma estrela que finge viver...
há uma estrela amarga voando em direcção ao mar,
uma mão que se esconde na neblina,
uma mão com olhos de menina,
embrulhados,
acordam...
os fictícios beijos de papel,
uma sombra que se esquece de adormecer...
na cidade dos coqueiros envergonhados,
nos lábios..., nos lábios embrulhados!


Francisco Luís Fontinha – Alijó
Domingo, 17 de Agosto de 2014

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