sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Triângulo equilátero


Estes quatro caminhos térreos,
que descem o teu corpo de montanha argamassada,
os rochedos verdes que poisam no teu olhar,
como se eles fossem grãos de desejo a planar nos lábios do silêncio,
o fingimento das palavras quando a boca do inferno se cerra hermeticamente,
a chuva que se alicerça nos teus ombros,
estes quatros caminhos..., estes quatro caminhos sem nome,
perdidos nas tuas coxas de arame,
que descem,
que sobem...
ao cimo do luar,
esquecendo o triângulo equilátero do sofrimento...



Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 15 de Agosto de 2014

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