Francisco Luís Fontinha - Agosto/2015
domingo, 30 de agosto de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
As espingardas do coração abandonado
Deixou
de habitar este corpo a paixão diabólica da alma sem destino,
Deixaram
de escrever as palavras do vento estas mãos esfarrapadas,
Longínquas
do olhar da madrugada,
O
medo alicerça-se ao peito, as facas do silêncio grunham como as serpentes
envenenadas pela noite,
O
tédio quando esqueço a solidão e construo círculos de luz nos teus seios…
O
teu corpo desabitado, encurralado nas cordas de nylon dos Oceanos mendigados,
E
não consigo perceber o amor das flores desenhadas nos teus lábios perfumados,
Como
nunca percebi o desejo em mim do estranho luar…
E
este mar, meu amor,
Crucificado
nas espingardas do coração abandonado,
Semeado
nas searas do cansaço…
É
triste, meu amor…
Deixar
de habitar este corpo a paixão diabólica da alma sem destino,
É
triste, meu amor…
Cair
sobre mim o tecto do sofrimento junto ao Tejo,
E
os Cacilheiros na minha boca… sufocando-me com o relógio enforcado nas pontes
do Cacimbo fugindo do pôr-do-sol…
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sábado,
29 de Agosto de 2015
Labels:
amor,
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Poesia,
seios,
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Tejo,
vida
Location:
5070 Alijó, Portugal
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Morte do poeta
Renasço
das sanzalas prateadas que alimentavam a tua voz,
Cresço
nos teus braços, durmo sobre o teu peito, e indiferente à dor, sonho com os
cinzentos esqueletos do capim adormecido,
Folheio
os teus poemas, meu querido,
E
sinto neles a morte do poeta,
E
sinto neles a fuga para o infinito…
Que
só a despedida consegue perceber,
Renasço…
Cansado
deste barco sem comandante,
Renasço…
Cansado
deste Oceano embriagado,
Infeliz,
Como
infelizes são todos os teus poemas… meu querido.
Francisco
Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira,
28 de Agosto de 2015
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