sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Morte do poeta


Renasço das sanzalas prateadas que alimentavam a tua voz,

Cresço nos teus braços, durmo sobre o teu peito, e indiferente à dor, sonho com os cinzentos esqueletos do capim adormecido,

Folheio os teus poemas, meu querido,

E sinto neles a morte do poeta,

E sinto neles a fuga para o infinito…

Que só a despedida consegue perceber,

Renasço…

Cansado deste barco sem comandante,

Renasço…

Cansado deste Oceano embriagado,

Infeliz,

Como infelizes são todos os teus poemas… meu querido.

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Sexta-feira, 28 de Agosto de 2015

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