quinta-feira, 2 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
Não preciso de nada.
Não preciso de nada e
sinto a falta de tudo.
Tenho tudo do pouco que
tenho
digamos que nada tenho
nem a vida me pertence.
Não tenho nada
e tenho tudo.
Não tenho amor
não tenho pão
Nem a noite eu consigo
ter.
Tenho tudo e não tenho o
sono
não tenho a noite e tenho a
insónia
e tudo me falta;
obrigado, mas não preciso de nada.
terça-feira, 30 de abril de 2024
qualquer coisa será uma pedra outra coisa será um círculo de sono ou 1 cêntimo de alegria
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O poeta miserável e libertino precisa de
terminar a licenciatura
e
sobreviver
mulher
mulher mãe
sem tempo para ser mulher
mulher guerreira
que luta
labuta
e não tem medo da insónia
mãe mulher madrugada
do escuro faz uma enxada
com a lua constrói a liberdade
mulher mãe
sem medo de ser mulher
sem medo de ser mãe
sexta-feira, 26 de abril de 2024
cicuta
de trança lança o vento sobre a seara o loiro cereal
ele se verga até ao chão e não tomba
sobre a terra semeada
de lança trança percebe o vento de
sementeiras
e poesia ao deus dará
de trança
lança
o vento contra a tarde
de trança o vento
lança
a saudade
e a cicuta da noite
o medo
finos silêncios que a noite semeia na terra cremada
um corpo é solicitado pelo diabo,
enviamos-lhe os ossos
e ficamos com o poema
finos pingos de luz tem a madruga
antes que morra a noite embrulhada numa
mortalha
finos silêncios têm as estrelas
depois da tempestade
quando o cabelo se enlaça num sorriso
finos pergaminhos, onde me deito e
escrevo
banhado por este rio invisível
que apenas a minha mão conhece as suas
águas
e os seus lábios
e as suas mãos
e os seus olhos.
finos silêncios que a noite absorve do
luar
das palavras envenenadas por um louco
ou por uma espada
de luz;
o medo
saberei, amar-te!
são tantas as cordas que aprisionam o meu corpo à sombra
são tantas as sombras que chicoteiam o
meu olhar
são tantas as estrelas que me abandonam
são tantas as ruas onde me perco
são tantas as cidades onde escrevi o meu
nome
e agora
esqueceram o meu nome
saberei, amar-te!
são tantas as mãos que se escondem no
meu rosto
são tantas as flores que morrem no meu
jardim
são tantas as pedras que me atiram
são tantas as nuvens que poisam sobre
mim
são tantas as madrugadas sem dormir
são tantos os sonhos por concluir
são tantos os meus sonhos…!
saberei, amar-te!
domingo, 18 de junho de 2023
quinta-feira, 25 de maio de 2023
O silêncio
Não sei se um dia terei
medo do escuro,
Do escuro, escuro…
Não do escuro da noite,
Sempre amarei a noite,
As estrelas,
O silêncio do escuro…
E o escuro da solidão.
Luís
25/05/2023
terça-feira, 16 de agosto de 2022
quinta-feira, 9 de abril de 2015
As labaredas da insónia
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Sobreviver
terça-feira, 17 de abril de 2012
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
E deixo de ser eu – Luís Fontinha
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
14 de Janeiro – Wordsong (AL Berto)
Wordsong é um projeto multimédia de Pedro d´Orey (Mler If Dada), Alexandre Cortez (Rádio Macau), Nuno Grácio e Filipe Valentim (Rádio Macau).
http://cachimbodeagua.blogs.sapo.ao/
http://francisco-orgasmosliterarios.blogspot.com/
Prefácio para um Livro de Poemas - AL Berto
Desenhos de Luís Fontinha
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