sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Não consigo imaginar
Não consigo imaginar
As lágrimas de uma criança
Quando tem fome
Medo… que cresce sem infância
Não consigo imaginar
As lágrimas de um menino
Sozinho
Esquecido no centro da cidade
Não consigo imaginar…
A mãe do menino
Com medo
Com fome… sem nada para lhe dar.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2014
quinta-feira, 4 de dezembro de 2014
Fotografia
A lentidão do
desejo sonífero
que mergulha nos
teus abraços sem sentido
o espelho da
insignificância em pedaços de papel
que do vento
regressam os fios loucos do teu cabelo iluminado pelo luar
trazem alegria
trazem poesia...
e tu pareces não
perceber
que a lentidão do
desejo
é uma digital
fotografia
que arde
e que grita
a cada novo dia...
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 4 de
Novembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Vinhedos sombreados
Inventei-te numa
noite de solidão,
escrevi o teu nome
fictício numa muralha de xisto
que a tempestade
tombou,
havia no teu olhar
socalcos cansados
e vinhedos
sombreados
de... paixão...
Havia na tua mão
uma carta por
escrever,
e lá dentro...
um beijo,
um beijo desenhado
no meu sorriso
com lágrimas de
sofrer,
Inventei-te numa
noite de solidão,
abri os cortinados e
olhámos as estrelas de papel crepe...
havia luar nos teus
cabelos
e neblina cinzenta
nas tuas pálpebras de adormecidos rochedos,
e quando me
abraçaste... a cidade morreu,
como morreram todas
as cidades onde habitámos,
hoje, somos dois
esqueletos vadios...
vagueando pela
embriagada poesia de um louco,
dois pássaros sem
árvores para poisar...
hoje, somos dois
esqueletos vadios... sem Oceano para navegar,
e esperamos,
impacientemente que
acorde a madrugada.
(e hoje... nada me
apetece escrever...)
Francisco Luís
Fontinha – Alijó
Quarta-feira, 3 de
Dezembro de 2014
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