Encosto a cabeça
À sombra do teu corpo.
Faço um cigarro com as
estrelas do teu olhar,
Enquanto abraço a nudez
do teu corpo
Que cresce no espelho da
noite,
Escrevo nos teus doces
lábios de mel,
Tanta coisa que poderia
escrever,
Tanta coisa, minha
querida…
Que nada escrevo.
Pego num pequeno cordel do
sono,
E com ele,
Trago o silêncio
E o mar que habita no teu
peito,
Depois,
Pego na insónia,
E da insónia faço uma
flor
Que poiso na tua boca;
uma flor colorida de beijos.
Encosto a cabeça
À sombra do teu corpo,
E espero que o nosso mar…
Que todo o nosso mar…
Entre pela janela,
Como entram as estrelas
do teu olhar,
Quando abro a janela da
manhã.
Alijó, 08/12/2022
Francisco Luís Fontinha