Nada tenho contra
os animais, pelo contrário; adoro-os.
Mas começo a ver
uma sociedade mais preocupada com o cão e com o gato de que, em alguns casos,
com os filhos ou com os pais.
Conheço alguns
casos. Deixam as crianças na escola, como se esta fosse um depósito de coisas,
e depois o professor que se amanhe, deixam os pais no lar, e quase não os visitam…
E depois vão
para o jardim passear o seu animal de estimação.
Vão almoçar ou
jantar ao restaurante, dão o telemóvel aos filhos para estarem entretidos e
caladinhos, e ao colo, têm o cão e o gato.
E eu pergunto se
não seria melhor, em vez de adoptarem um cão ou um gato, adoptarem uma criança,
num país com tantas crianças em lista de espera nas nossas instituições de
solidariedade social
E há tantas
crianças com fome, não de pão, mas de amor.
Francisco Luís
Fontinha